quinta-feira, 25 de novembro de 2021

A BRISA E O RAIO

 

Há duas fontes de ansiedade no cérebro humano, a brisa e o raio. Uma delas é como o vento calmo e constante que vai tomando força na repetição e prossegue removendo o que encontrar pela frente até virar um furacão. Poucos pensamentos repetitivos e negativos tomam força de verdade, viram crença irrefutável para quem neles pensam, dominam a mente e começam a influenciar o corpo, gerando a ansiedade mental ou social, onde até um diálogo se torna ameaça pessoal. É um exercício de ruminação, um ato de focar exageradamente no aspecto negativo. A outra fonte aparece como um raio, descendo imperiosa sobre nossas percepções, passando rapidamente pela amígdala e ativando um alerta geral, acendendo as luzes vermelhas do perigo, congelando nossas ações diante de um ataque de pânico. É um exercício contrário, de inação, de inatividade, de bloqueio contra a realidade que nos faz sofrer. Se tudo começa pelos cinco sentidos, é melhor que a solução também comece por eles.

 


Nenhum comentário: