Há duas fontes de
ansiedade no cérebro humano, a brisa e o raio. Uma delas é como o vento calmo e
constante que vai tomando força na repetição e prossegue removendo o que
encontrar pela frente até virar um furacão. Poucos pensamentos repetitivos e
negativos tomam força de verdade, viram crença irrefutável para quem neles
pensam, dominam a mente e começam a influenciar o corpo, gerando a ansiedade
mental ou social, onde até um diálogo se torna ameaça pessoal. É um exercício
de ruminação, um ato de focar exageradamente no aspecto negativo. A outra fonte
aparece como um raio, descendo imperiosa sobre nossas percepções, passando
rapidamente pela amígdala e ativando um alerta geral, acendendo as luzes
vermelhas do perigo, congelando nossas ações diante de um ataque de pânico. É
um exercício contrário, de inação, de inatividade, de bloqueio contra a
realidade que nos faz sofrer. Se tudo começa pelos cinco sentidos, é melhor que
a solução também comece por eles.
Nenhum comentário:
Postar um comentário