Qualquer pessoa sente
necessidade de estar em controle das situações por sobrevivência. É força de
instinto lutar pela vida, eliminar as ameaças, contornar obstáculos, remover
limitações, combater inimigos reais e imaginários, desconstruir conceitos dos
outros, dominar territórios geográficos e emocionais, evitar repetição de
eventos traumáticos, dar a última palavra ou demonstrar força em público.
Porém, nem toda situação é controlável ou gerenciável, nem toda circunstância
apresenta perigo real e nem todo evento é plenamente negativo. Há males que vem
para o bem, perdas que se tornam ganhos, prejuízos de uns que beneficiam a
outrem, atrasos que salvam vidas, trocas indesejadas que geram felicidade,
tempo perdido que vira bestseller, discussões que trazem crescimento e mortes
que provocam maturidade e crescimento pessoal de quem ficou. De tudo isso, resta
o aprendizado sábio de que não se controla o incontrolável quando a caminhada é
mais importante do que o caminho.
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