Enquanto eu aguardava meu voo, observei o
comportamento das pessoas desconhecidas. A pressa dos atrasados, a correria dos
esquecidos, a desorientação dos distraídos, a calma dos idosos, a hipnose
coletiva dos celulares, o prazer dos consumidores, a irritação das crianças, o
olhar de fome nas filas, as raças variadas, a multiplicidade da beleza humana,
todos estes elementos compunham o espaço comum do aeroporto. Pessoas que jamais
imaginei encontrar pessoalmente, pessoas que jamais verei novamente, pessoas que
nem notaram minha presença, pessoas de todas as personalidades, cada uma com
sua dor e com seus sonhos, cada uma preenchendo seus dias conforme suas
possibilidades. Viajar é preciso, viver é redundância.
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