A eternidade está em nós, porém, desta vez com total
liberdade, sem a mente para gerar sofrimento, sem identificação com o ego, sem
a dualidade de dor e prazer, a qual foi trocada pela autorrealização de algo
maior do que o conceito de Self. Esta percepção de eternidade é possibilitadora
de infinitas possibilidades que se sucedem à medida que você, o Observador, diz
sim à vida. É pura expansão consciente. Não tem sonho a ser perseguido, não tem
meta a ser cumprida, não tem objetivo para acertar a seta. Tem rio de processos
livres, tem mares de observação casta, tem lagos vazios. Na eternidade, estar
consigo é não estar em si para não perder o eixo. É fazer da fome um jejum, do
limão a limonada, da violência um pedido de amor. Na eternidade tudo é
ressignificado, não cabendo lugar para as transgressões, até que os
significados sejam todos eliminados. Adeus propósitos, adeus saudade e apego,
adeus limiar. Adeus aflições, adeus interpretações. Quando a mente é
neutralizada, do vazio surge a vastidão povoada e o descanso da obrigação de
criar. Adeus, querido Self.
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