Existir é caminhar só. Na caminhada solitária se
encontram melhor os recursos próprios, os desejos mais autênticos, a identidade
nua e crua. Na convivência natural ou forçada, encontram-se os limites
apontados pelos outros em nós; depara-se com a necessidade de agradar ou
impressionar aos outros, afastando-se de si; manifestam-se as regras e
cobranças da civilidade para que o cidadão seja aceito condicionalmente.
Existir é observar o mundo interior, suas riquezas, seus insights, suas
construções espontâneas de pensamento e sua capacitação de estar no mundo
material feito Espírito. Basta encontrar o outro e logo nos perdemos na
percepção de separação. Passamos a viver sem existirmos.
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