Em família que não tem avós vivos, os tios e primos se
afastam, se desconhecem, se estranham, evitando qualquer contato intencional.
Em família que os pais faleceram, os irmãos se afastam, pois quebrou-se o elan
afetivo, quebrou-se a estrutura respeitosa que os pais sustentavam com alguma
autoridade. Em família que os pais se separaram, os filhos se afastam de
propósitos de vida, se afastam de disciplina e objetificam seus corpos, na
ausência de referencial saudável. Tem sempre alguém sentindo falta de quem se
foi, pois somos todos interconectados pelos fios invisíveis das gerações.
Quando eles se rompem, surgem alguns nós, retornando o predomínio de energias
primitivas. O amor coletivo só vem depois, com alguma evolução.
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