Ano novo, vida velha. Há
pessoas que entraram pela porta da frente de minha vida, mas saíram pela porta
dos fundos, fazendo-me questionar se existe ou não merecimento. Há pessoas que
entraram em minha vida pela porta dos fundos, de mansinho, mas conquistaram meu
coração com sua humildade e alegria, fazendo-me acreditar que eu não era mais
esquecível. Há pessoas que invadiram minha casa, levaram o que quiseram e
saíram sem dizer “muito obrigado”. Há pessoas que pararam na porta, apertaram a
campainha vezes seguidas, e no meu egoísmo não consegui abri-la. Há pessoas que
saíram de minha vida sem avisar, sem a minha “permissão”, deixando-me
estupefato no sofá dos olhos. Foram anos e anos de chegadas e despedidas, sem
que eu percebesse ser eu mesmo cada porta, da frente ou dos fundos.
“Senhor, nesta oração
difícil, fazei com que permaneçam em mim apenas os que me amam, para que eu
possa com eles aprender o que é o amor, pois o que é distância eu já aprendi
com os que me esqueceram”.
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