A negatividade é um
tirano, usurpador de nossa mente. É o esquecimento do querer no chão, longe dos
olhares, mas perto dos pés amarrados. Ela é comida sem tempero, incapaz de nos alimentar
satisfatoriamente, mal cozida, sem boa aparência, pronta a ser desprezada por
todos que estão com fome de viver. Ela é odor que incomoda, impede a respiração
completa, sufoca o peito e os olhos, mesmo assim continua sendo transmitida em
ondas curtas para quem não é seletivo. A negatividade é ferramenta sem cabo e
sem função aparente, deixada no canto da oficina, suja e ignorada pelos
operários do otimismo. É um raio que mata ovelhas queimadas no campo aberto das
ideias, sem vida longa, nunca desejada, fruto de atritos neurais disfuncionais.
A negatividade é atividade negada pela própria boca que lhe dá vida.
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