Ano de eleições e Copa da
Mundo de Futebol, 2022 será lembrado como um dos anos mais competitivos de
nossa história, brasileiros contra brasileiros, luta de polaridades políticas e
morais, mais um ano de submissão popular aos poderes instituídos, uma tempestade
de narrativas e fake news sobre nossos descuidos intelectuais e cognitivos,
mais um ano de ativismo político de instituições e Poderes, liberdades
individuais censuradas, omissão do Senado e do Congresso mostrando sua
inutilidade ao povo brasileiro, ano de paisagens cinzas e perda coletiva de
propósitos maiores, a supremacia da manipulação sobre educadores e educandos,
anestesia social e excesso de intolerância, o tecido social rasgado junto com
nossa Constituição Magna, ano de guerras desnecessárias ou insanas, muitos
misseis soltos no ar do planeta, nunca os inocentes úteis foram tão utilizados
politicamente, inflação mundial fora do controle no período pós-pandemia e
durante guerra da Russia x Ucrânia, chuvas violentas em Petrópolis-RJ com
centenas de mortos, a primeira foto de um buraco negro, o aumento da fome no
Brasil, as temperaturas climáticas mais altas das últimas décadas, o surgimento
de casos da varíola dos macacos como sobremesa para o retorno da COVID-19.
Testemunhamos o desmanche dos EUA, a socialização política da América, a dependência
energética russa de toda a Europa ser desnudada, a queda mundial das bolsas de
valores, vários governos de países do primeiro mundo submetendo-se à forças de
uma nova ordem mundial, as consequências nefastas de uma crise sanitária
mundial ter sido gerenciada por políticos despreparados e capitalistas
selvagens, revogação da Lei de Segurança nacional no Brasil, bloqueios de
estradas em greve de caminhoneiros e protestos eleitorais na frente dos quarteis
militares, minorias gritando por espaço e impondo suas agendas sobre as
maiorias, um sequenciamento caótico de eventos e agendas ocultas, a Argentina campeã do Mundo com Lionel Messi, enfim, um ano
esquizofrênico para ser esquecido por quem ainda preza por sanidade mental.
Perdemos Elza Soares,
Sidney Poitier, Thiago de Mello, Olavo de Carvalho, Arnaldo Jabor, Lygia
Fagundes Telles, Vangelis, Milton Gonçalves, Jô Soares, Olivia Newton-John, Claudia
Jimenez, Rainha Elizabeth II, Gal Costa, Rolando Boldrin, Erasmo Carlos, o
ufólogo Gevaerd.
Ganhamos o espanto, as
surpresas, a indignação, a competição desmedida, a ignorância dourada, a
esperança esfolada, a colheita das sombras pessoais e coletivas, o bizarro, o
absurdo, a razão inconsequente e, acima de tudo, a abundância das mentiras para
ofuscar todas as coisas belas da vida.
2022 foi um treino para
2023 ? ? ?
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