quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

POR UMA CIDADE MAIS CULTA


Toda a classe artística e cultural de qualquer município tem suas aspirações e expectativas. Elas sabem que não se escreve política cultural no ar e sim no papel. Não conseguimos saber o que virá de atividade cultural em nossa cidade, se não estiver efetivada no calendário cultural municipal. A classe artística e cultural quer ser ouvida, quer compartilhar seus sonhos e projetos mais complexos para obter maior alcance de realização, quer contribuir com a população na educação de princípios e na arte do pensamento coletivo e sustentável, quer se tornar veículo e instrumento de transformação social onde todos saiam ganhando. Vivemos tempos coletivos, tempos de pertencimento, tempo de poucos líderes mundiais e um espaço imenso para a formação de pequenos líderes comunitários onde cada município possa abrir vias de expressão dos talentos locais. Não podemos dormir no ponto nem perder o trem da história. Abraçar as oportunidades e apoiar iniciativas culturais gera dividendos sociais, políticos e econômicos. Com o excesso atual de acesso a informações, via Internet, cada vez mais jovens e adolescentes se tornam sementes culturais se forem direcionados para a produção cultural e não serem abandonados a simples coreografias de TikTok. Cada peça clássica de teatro, infantil ou adulta, pode ser readaptada com a visão contemporânea. Cada livro famoso de romance pode ser representado nos palcos da cidade. Cada banda de música local pode apresentar espetáculos semanais programados para revitalizar o cenário musical nos finais de semana. Cada espaço público pode ser ocupado por exposições de arte constantes e com o oferecimento de oficinas de arte. Cada Café ou Choperia pode ter um palco cultural com apresentações livres de seus clientes, quem sabe com livros que substituam os barulhos excessivos com algo agradável e aprazível para diálogos. Cada Escola pode abrir Colunas ou Células Intelectuais para seus alunos mais inteligentes, oferecendo debates e trocas de pontos de vistas filosóficos. Cada veículo de comunicação local pode abrir espaços para entrevistas culturais, com a mesma dedicação que oferecem a entrevistas políticas ou a críticas que só destroem reputações e nunca oferecem soluções possíveis. As autoridades locais podem criar eventos culturais de cunho nacional para colocar Passos no mapa. Os catadores ou recicladores de resíduos podem ser orientados a reciclar livros e formarem bibliotecas públicas na periferia. As escolas poderiam incluir a formação musical e idiomática em sua grade curricular. Muito pode ser feito. Quem se candidata? 


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