Vale a pena questionar a verdadeira razão pela qual as pessoas querem acreditar em Deus. Não fosse a vontade insana de buscarmos punição para os maldosos e injustos, não haveria tamanha necessidade de se acreditar num Deus justo. Não fosse a carência insana de sermos amados, mais por significância nossa do que pela capacidade amorosa de um Pai Eterno, não haveria a necessidade de se acreditar num Deus amoroso. Não fosse o medo de ardermos no fogo devorador da culpa e dos infernos, não haveria a necessidade de se acreditar num Deus misericordioso e celestial que a tudo perdoa. Há sempre uma troca, uma cobrança e uma expectativa em cada crença que nos consome, um lucro, uma vantagem, um prêmio, algo que valha como motivação para esperarmos uma retribuição e um reconhecimento divino. Nossa incompletude nos faz assim, desenhando nossos deuses.
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