De nada adianta ter
conhecido milhares de pessoas na vida, se quase todas se foram em busca de algo
mais. Se não somos este algo mais, somos descartados em nome da pressa, das
atribuições familiares e profissionais ou pela força do esquecimento. Parece
que todos estes encontros serviram apenas para nossa percepção de estar no
mundo. Sem incluir os que se foram por morte, muitas vezes sem se despedir de
nós. Tais encontros serviram, sim, unicamente para a experiência individual de
se saber vivo. Felizes os que aprenderam lições de vida, porém, é possível
viver sem aprender lições, bem como não dar utilidade nenhuma ao aprendizado.
Do pó e das cinzas de cada um, do legado facilmente esquecido de muitos, resta
apenas uma natureza humana, insistindo na perpetuação da espécie para
cumprimento de tabela.
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