Deus acabou de passar
voando, camuflado nas penas de um passarinho. Eu sabia que Ele voava, mesmo sem
contemplação dos mistérios, eu sabia. Semana passada deu-se a mesma percepção.
Deus passou calado na brisa fresca, tentando esconder seu calor humano e
divino, enquanto eu ria de Sua inocência tão bela. Ele anda, tropeça na linha
do tempo, faz que não vai voltar diante da insensatez dos homens, mas não tem
jeito, ali vem Ele na carruagem de fogo, vestido de Papai Noel, longe dos
Dezembros. O pior crente é aquele que não o vê disfarçado de ateu, mas recebe
seus presentes. Parece dono de loja de fantasias. Veste-se e reveste-se de
coisas, até não poder mais, até amarrotar a própria luz. Você viu...Ele acabou
de se esconder atrás de um pensamento, suspenso na sua cabeça, eu vi, eu
conheço um pensamento sem Deus nas lonjuras da espera. Ele não para, não se
assossega, não descansa nunca no sétimo dia. Acredite em mim. Faça uma arapuca
pra Ele na porta de seu coração. Depois você me conta.
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