O Ser dissolve o
barulho mental em partículas e gotas de silêncio, colocando foco nas silhuetas
de sombra e luz que o habitam. Ele engole as identificações com o mundo
material, reencontrando as energias sutis que o compõem. Ele desintegra o corpo
humano em percepções de múltiplas dimensões, valorizando o elemento ar que o
oxigeniza de espírito. A alma dissolve a memória, para que ela não interfira na
qualidade das experiências que virão, com propósitos mais elevados, para que
não evite o inevitável. Ela engole as comparações e determina com mão de ferro
que as contas devidas sejam devidamente pagas. Ela desativa a mente e anuncia a
chegada da consciência via conscientização. A essência dissolve a luz e a
organiza em sabedoria plena e líquida. Ela engole a vastidão da Graça e se
desdobra em experiências de completude, plenitude e alegria suprema. Ela
desintegra a diversidade e junta suas partes no espaço imensurável da
unicidade, onde Deus se sente em casa. A supraconsciência dissolve os
multiversos e distribui novas formas de linguagem, para que o incompreensível
possa ser acessado ainda que distante da lógica humana. Ela engole a
não-existência e se deixa ser encontrada por existências disponíveis que se
parecem com seres universais. Ela desintegra as incertezas e jorra
caudalosamente um compêndio de verdades incomuns ao homem mais comum. Cada
aspecto da mente dialoga de formas diferentes com seu Criador.
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