segunda-feira, 16 de novembro de 2015

REPETIÇÃO


Tudo aquilo que repetimos para várias pessoas denota a presença de opiniões enraizadas em nosso inconsciente, aguardando alguma experiência em nossa incompletude, apoiando-nos no recurso da resistência. Quando tomamos a paternidade de uma opinião, nós sofremos o processo da ferrugem diante do oxigênio da novidade, perdendo a capacidade de abertura para novas visões do mundo. Repetimos o que queremos que seja verdade, repetimos o que precisamos ouvir por não conseguirmos aceitar certas coisas, tememos alguma experiência radical e suas consequências. Repetimos para fazer valer alguma experiência negativa que tivemos anteriormente e procuramos culpados. A repetição nada mais é do que a busca por redenção.

REPETITION

All that we repeat to several people denotes the presence of opinions rooted in our unconscious, awaiting some experience in our incompleteness, relying on the strength of the resistance. When we take the paternity of an opinion, we suffer the rust process before the oxygen of the novelties, losing the opening capacity for new worldviews. We repeat what we want it to be true, we repeat what we need to hear when we cannot accept certain things, we fear some radical experiment and its consequences. We repeat to enforce any negative experience we had previously and seek culprits. Repetition is nothing more than the search for redemption.

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