Chamei de concreto o
relacionamento com pessoas próximas demais para não nos esquecer nem nos
ignorar, próximas o suficiente para manter acesa a chama da comunicação,
próximas e gratas o bastante para nos abraçar com o mesmo carinho muito tempo
depois de não nos ver pessoalmente, próximas de corpo e de alma, próximas para
saber quando não estamos bem e de se apresentar com ternura, próximas para nos
convidar a celebrar juntas suas conquistas, próximas para oferecer o exercício
da confiança e da confidência, próximas para merecer nosso silêncio e não se
importarem, próximas para declarar constantemente gratidão por nossa alegria ou
contribuição, próximas para nutrir intimidade de propósitos, próximas e capazes
de nos surpreender com boas risadas tolas, próximas na dor e nos momentos de
confusão, próximas maiores do que a linha do tempo.
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