quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

O FIM DE CADA UM

 

Quando a nossa presença ou a nossa ausência tanto faz para os outros, tanto faz para quem tanto fizemos, tanto faz para a pressa e a cegueira das pessoas ao nosso entorno, é sinal de que nunca fomos fundamentais, sinal de que ninguém é importante nas outras vidas senão somente na própria existência. Vem dessa desimportância, a realização de que nascemos sós, vivemos sós e morremos sós. Pessoas são personagens coadjuvantes em nosso aprendizado, nada mais. Pessoas se prestam a participar do cenário, nunca do enredo. Pessoas partem de nossa jornada antes mesmo de entrarem. No final da estória de cada um, abandonamos o corpo como se retira uma vestimenta, abandonamos o espaço físico que outrora alugamos do planeta, abandonamos promessas feitas e sonhos desfeitos e simplesmente... desaparecemos no pó do esquecimento.

 


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