Crescer é abrir mão de
nossas expectativas e conceitos sobre como as pessoas mais próximas deveriam se
relacionar com nossas carências emocionais. Crescer é se dar conta de que não
informamos em detalhes o grau de nosso dilema e a intensidade das emoções que o
acompanham. De certa maneira, a interação externa é menos real do que a
interação com a interpretação de meus conceitos. Quando me desentendo com
alguém, duas horas de chuva de estrelas desabam sobre minha cabeça, causando
inércia momentânea, ativando meu ponto cego, aquele ponto onde esqueço tudo o
que sei e todas as noções de perigo. Eu só cresço fora do apego ao que penso.
Só o tempo testemunha minhas dificuldades de abrir mão.
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