Relacionamentos abusivos
são complexos e lentos para serem desativados. Há todo um aprendizado de vida
inerente a este crescimento, exatamente para compensar as dores emocionais não
trabalhadas terapeuticamente. O primeiro deles é a incapacidade de aprender
lições com suas experiências. Assim, tais relacionamentos criam codependência
entre parceiros e apego ao comportamento disfuncional dos pais, na infância,
onde as carências mal atendidas formaram as bases da visão de injustiça. Quem
se sente injustiçado pelos pais, vai querer se curar ou fazer justiça com as
próprias mãos em outros relacionamentos afetivos. Sem perdão e sem a capacidade
de respeitar o outro, sem recursos de comunicação eficiente e sem a
sensibilidade para ouvir o outro, cada interação carrega em si um potencial
explosivo de reações imprevisíveis. Seus parceiros vitimizados deixam de
responder e passam a reagir, física e verbalmente, demonstrando ciúmes
desproporcionais e irracionais, repetindo um script antigo de seus pais.
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