A bancada evangélica do
Congresso Brasileiro abraçou o governo Bolsonaro e utilizou versículos bíblicos
e conceitos fundamentalistas para desenhar uma ideologia patriótica de massas.
Afastando-se da realidade, mal percebeu as próprias contradições entre amar e
odiar o diferente. Com a derrota de Bolsonaro, tanto fervor e orações de
joelhos na frente dos quarteis, tomaram um choque de realidade. “Só Deus me
tira da Presidência”, “O mito foi escolhido por Deus”, “Conhecereis a verdade e
ela vos libertará” foram afirmações amplamente desmentidas pela realidade
política de nosso Brasil. Várias orquestrações podem remover sim um político de
seu cargo. Ser escolhido e ungido por Deus na política é visão judaico-cristã
de quem se apresenta com superioridade sobre os demais. A verdade conhecida e
divulgada, também cria narrativas questionáveis sobre libertação. O maior
perigo desta abordagem vencida será o abandono de fiéis da igreja, sob novas
circunstâncias de perseguição, e o questionamento da própria fé.
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