Todas as energias de todas
as cores, em celebração do que pedir por celebração. Vale ritualizar todas as escolhas
dentro da miscigenação cultural. Permissividade energética acima da moral e dos
bons costumes. Tudo é expressão do movimento autorizado pelos indivíduos, sem
nexo coletivo, sem laço existencial, sem ponto final. Tudo é vírgula do
destino, venha de onde vier, o que vale é a ilusão inconsequente de ter feito
para se sentir vivo. Beleza estética dos avessos. Alfabetização dos rabiscos. Elegia
da dependência como regra básica dos exercícios de poder. Exploração do absurdo
com pincéis cadenciados ao som de tambores, sob a testemunha dos rebolados
graciosos. A fome como pano de fundo para justificar a libertinagem das ideias.
Onde a lua solta os gatos e gatunos e gatilhos numa canção para a morte. Onde o
sol libera raios de esperança e fé e torcida em contradança para a vida. Ser do
contra é arte e respiração. A água que se bebe tem cheiro de dinheiro e gosto
de escassez. Onírico é o lema da bandeira. Buracos na alma e no asfalto nunca
impedem a procissão dos protestos invalidados. Com s ou com z, a nação resiste.
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