quinta-feira, 21 de outubro de 2021

O BRASIL DO BRAZIL

 

Todas as energias de todas as cores, em celebração do que pedir por celebração. Vale ritualizar todas as escolhas dentro da miscigenação cultural. Permissividade energética acima da moral e dos bons costumes. Tudo é expressão do movimento autorizado pelos indivíduos, sem nexo coletivo, sem laço existencial, sem ponto final. Tudo é vírgula do destino, venha de onde vier, o que vale é a ilusão inconsequente de ter feito para se sentir vivo. Beleza estética dos avessos. Alfabetização dos rabiscos. Elegia da dependência como regra básica dos exercícios de poder. Exploração do absurdo com pincéis cadenciados ao som de tambores, sob a testemunha dos rebolados graciosos. A fome como pano de fundo para justificar a libertinagem das ideias. Onde a lua solta os gatos e gatunos e gatilhos numa canção para a morte. Onde o sol libera raios de esperança e fé e torcida em contradança para a vida. Ser do contra é arte e respiração. A água que se bebe tem cheiro de dinheiro e gosto de escassez. Onírico é o lema da bandeira. Buracos na alma e no asfalto nunca impedem a procissão dos protestos invalidados. Com s ou com z, a nação resiste.

 

 

 

 


Nenhum comentário: