Se soubéssemos a
importância dos seres humanos no contexto universal, teríamos mais cuidado uns
com os outros. Embora algumas raças se dizem os escolhidos por Deus, outras se
considerem superiores pela cor da pele, outras se impõem sobre as demais devido
à força bélica ou econômica de seus governos, no leito de um hospital ou a sete
palmos de terra todos se igualam em seu destino.
Somente aqueles seres que
decidem expandir seus conhecimentos, sem se apegar a eles, podem se capacitar a
expandir seu entendimento da vastidão do universo. Somente aqueles que aceitam
as complexidades e o brilho da construção e da ordem cósmicas, poderão abrir
espaço para a espiritualidade como parte inerente desta construção. Somente
aqueles que se permitem conectar com esta espiritualidade, em sua
interioridade, podem perceber a presença divina como consciência que se reparte
em muitas criaturas e neles mesmos. Quem fica apenas com o concreto, acaba no
chão.
A tomada de consciência de
que somos esta mesma consciência, encontrada em todas as criaturas, provoca em
nós um exercício de reflexão sobre a importância dos seres humanos no processo
singular da vida, e sobre a desimportância de nossas construções mentais sobre
nossa superioridade ilusória.
Nesta etapa de
entendimento abrimos espaço para a existência da alma e só dentro deste
entendimento é que nos enxergamos parte de um processo infinito e interminável
de não existência expansiva. Mergulhados nas profundezas do ser, uma outra
dimensão se faz presente em cada respiração, em cada momento, em cada
movimento, em cada grandeza imensurável a que fomos destinados. Após tal
mergulho, simplesmente somos.
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