Quando a velocidade dos
acontecimentos em nossa vida se torna baixa, ondas de tédio se conformam com a
zona de conforto e, facilmente, nos prendemos a algo ou alguém. Há uma
acomodação dos desejos que foram pacificados pela força da frustração, uma
desistência de validar qualquer esforço ou mudança, uma justificação das
inércias.
Quando a velocidade dos
acontecimentos em nossa vida se acelera, a ansiedade nos coloca em condições de
nos multiplicar para dar conta de tudo, forçando-nos a interagir de forma
diferente com as pessoas ao nosso redor. Sem perceber, ressignificamos a
palavra relacionamento, testando seus fundamentos e crenças. Sem perceber,
somos lançados nas profundezas do mar revolto, de nossas carências mal
atendidas, pois, sob o impacto da velocidade, a gente se solta de tudo o que
não vale a pena ou não tem raiz.
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