Em
momentos de grande perigo, ou ameaça, o corpo humano foi dotado com um
mecanismo de defesa de correr-ou-lutar para sobreviver e proteger a vida que é
tão valiosa ao universo. Se o individuo ameaçado souber lutar com artes
marciais ou se estiver armado com arma de fogo, ele pode usar a força do
instinto e acionar o mecanismo de defesa ou afastar-se do perigo. Se não souber
se defender, ou não utilizar a calma como instrumento de sobrevivência, o
próximo estágio será congelar qualquer ação para não comprometer a própria
vida. Esta fase compromete o corpo humano com hormônios excessivos, utilizados
na contração e constricção dos nervos, músculos e órgãos, em preparação para a
próxima fase de colapso. Ao colapsar, o corpo promove certo grau de desconexão
com a mente devido ao excesso de raiva e inconformismo com o evento. Esta
desconexão pode durar até um ano em alguns casos, mas um dia a conexão será
reativada, seja por consciência ou por uma cena parecida na televisão ou por
uma frase lida com impacto de ameaça, e se manifestará em forma de estresse,
raiva ou ódio mortal, sendo liberada em conta-gotas de depressão, síndrome do
pânico, vergonha ou orgulho exagerado. A vida não pode parar. Ela exige consciência para prosseguir
vivendo.
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