Dizem
que nascemos sem manual de instrução. Podemos aprender ao longo do caminho,
criando ou recebendo oportunidades, gerando ou recebendo cultura, amando ou
sendo amado. No entanto, se olharmos para o corpo - nosso instrumento de Ser - vemos nele tal
manual de instrução.
Os
pés apontam para a frente, para o futuro, pois para frente é que se anda. Não
nascemos para ficar parados e a mobilização ou movimento é elemento constante
da vida, por isso o sangue está sempre se movendo. As mãos, duas na maioria, representam a
dualidade da realidade em que vivemos, convidando-nos a experimentar sua união.
Podem se unir em oração, em negociação, podem caminhar amorosamente de mãos
dadas, podem tocar um violão, podem unir os opostos e evitar a separação. A
respiração acontece em ciclos de inspiração e expiração para compreendermos que
devemos libertar tudo o que não nos serve mais, já que tudo tem a sua função e
nada é para sempre. Não estamos aqui para nos apegar a nada nem a ninguém. O
cérebro evolui lentamente desde o reptiliano, passando pelo límbico, pelo
neocortex e agora pela reativação do lobo frontal, informando-nos que a
evolução é inevitável e com ela devemos nos comprometer. Manual temos sim,
basta ler.
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