Quando
nada acontece de novo, quando tudo parece previsível demais, quando abaixamos
nossa guarda desanimados com a falta de esperança, inconscientemente geramos um
pico de energia coletiva, represada no campo das ideias, com o potencial
explosivo das surpresas. Estamos beirando este momento.
Energia
foi criada para ser constantemente transformada, mas quando não agimos como
catalisadores, ela se organiza sozinha e explode aos nossos olhos para
continuar obedecendo as leis da natureza. Somos surpreendidos pela força dos
ventos dos acontecimentos, pelo arrastão dos resultados inesperados, pela
junção das forças dos calados que se fermentou sorrateiramente sem que ninguém
previsse. A bolha se arrebenta, perdemos momentaneamente a respiração ao sermos
impactados pelos fatos, tomamos consciência de havermos perdido o trem da
história e procuramos por um sofá para estatelarmos nosso olhar de infinito. A
boca aberta revela um céu sem estrelas. Todos se reunem na esquina da vida para
digerir o rabo do destino, dizendo apenas “não acredito no que estou vendo!!!”
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