A palavra, o pensamento e a consciência são vizinhos
muito próximos dentro de nós. Embora prestemos muita atenção ao que se fala e
ao que se escuta antes de organizarmos nossos pensamentos para tomar
consciência de algo, acabamos interrompendo o processo sequencial e retornamos
rapidamente ao ciclo das palavras empobrecidas de sabedoria. Falamos, pensamos,
falamos sem pensar, pensamos sem falar, não falamos, não pensamos. Este é o
ciclo de quem não toma consciência das experiências vividas e se apega apenas
ao hábito limitante de definir e nomear as interações que se movem
constantemente dentro e fora de nós. Sem pausa, não há discernimento. Sem tempo
de digestão, arrotam-se palavras com força racional. Sem silêncio, não há
sabedoria.
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