Às vezes fico pensando se as pessoas seriam melhores,
mais generosas ou amorosas se soubessem com alguma antecedência o dia de sua
morte. Preocupadas com o fator tempo, teriam mais tempo para definir as
verdadeiras prioridades de uma vida feliz, teriam mais lucidez para escolher as
palavras e os sentimentos a serem partilhados, teriam mais objetividade na hora
de escolher com quem conviver para obter o melhor dos relacionamentos.
Há pessoas que perdem uma perna e ganham um sonho. Há
pessoas que perdem a capacidade de locomoção corporal e ganham a tecnologia com
muitas vantagens. Há pessoas que sofrem um acidente e passam a valorizar a vida
de uma maneira surpreendente e sábia. É essa aproximação da possibilidade real
do fim de algo que vai se vislumbrar e se abrir em novos começos.
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