Que bom que não sabemos
tudo, assim nos resta o trabalho de aprender o novo e o desconhecido e a
maravilha maior de desaprender o que já não nos serve mais. Que bom que não
nascemos sabendo e nem morremos sabedores de tudo, assim nos resta a esperança
em algo além da morte que nos apresente outras realidades atrás do véu da
ilusão.
A arte de aprender só
acontece naquelas pessoas que se posicionam prontamente para a essência da
vida, só se manifesta naqueles que se prontificam a transformar todo
conhecimento em sabedoria. Na superfície e no supérfluo repousam a ignorância e
o comodismo, vetores da preguiça de crescer e do vício de usar outras pessoas
como muletas. Aprender exige novas posturas e atitudes mais equilibradas.
Aprender exige compromisso e comprometimento com o aprendizado responsável.
Aprender exige mudanças, pois se alinha com o propósito maior de viver e de se
renovar constantemente.
A arte de desaprender só
acontece após a chegada da sabedoria. Ela se desenvolve a medida que aumenta a
consciência da simplicidade de todas as coisas, quando deixamos de complicar
entendimentos e de cobrar comportamentos para aceitar que não temos controle
sobre tudo. Ela nos ensina desaprendendo. A arte de desaprender é um estágio
avançado de desenvolvimento pessoal que nos desperta para a essência de todas
as coisas. Desaprender é se libertar das amarras da razão fragmentada e se ver
conectado com o movimento de tudo o que existe. Desaprender é sair de si e
conhecer o avesso daquilo que ainda não foi experimentado e pode ser revelador.
Desaprender é mesmo uma arte refinada.
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