domingo, 6 de maio de 2012

MESSIANISMO POLÍTICO


A América Latina de hoje tornou-se um campo prolífero para o messianismo político. De Hugo Chaves na Venezuela à Cristina Kirchner na Argentina, os governos populistas hipnotizam a mente dos cidadãos com propaganda política massiva recheada de números falsos, informações distorcidas, manipulações estratégicas e perseguições à mídia.

Nesta semana, a Universidade de Cambridge na Inglaterra revelou um estudo, baseado em informações guardadas da Segunda Guerra Mundial, onde profissionais da área de saúde mental confirmavam o diagnóstico de messianismo paranoico de Hitler em sua campanha de guerra psicológica contra os Judeus, visando sua extinção total da face da Terra.

Ao trocarmos o nome de Hitler por qualquer um dos mandatários políticos da América do Sul, nos últimos 10 anos, e ao trocarmos o nome dos Judeus como inimigo interno por camadas da Elite ou por Estados Unidos, podemos nos assustar com as similaridades que se revelam. Os golpes sujos visando eliminar a oposição política e o poder informativo da mídia, a sucessão presidencial disputada a qualquer preço ou a falta de alternância no poder, a manipulação das massas em nome de um populismo cada vez mais capitalista e mais voraz, aram o território fértil para ditaduras de esquerda que anulam o cidadão consciente e o reduz a forte candidato ao exílio voluntário.

No Brasil a guerra psicológica já surte efeitos devastadores na consciência popular. O povo se encontra anestesiado, incapaz de erguer a própria voz contra desmandos, corrupção, violência urbana, morte de valores sociais, desvalorização das instituições que dão alicerce para uma sociedade mais justa. Quem mais combate o capitalismo é quem mais se beneficia dele através de desvios, golpes, comissões e esquemas de corrupção. Quem mais combate o antigo regime militar sul americano é quem mais o imita em seus anseios de vingança. Quem mais se posicionou ao lado do povo é quem mais se distancia da liberdade inerente em cada ser humano.

A população cubana de Fidel Castro foi imobilizada com torniquete desde 1959, incapaz de reagir a qualquer raio de consciência. A população venezuelana de Chaves continua sendo enganada até nas informações sobre o câncer impiedoso de seu mandatário. A arrogância de Cristina Kirchner contra as empresas espanholas que tanto apoiaram a esquerda sul americana demonstra que não se pode confiar em lobos vestidos de cordeiros. Os sonhos messiânicos de outros presidentes locais constroem uma rede de integração de fórum político social para propagar o fim do capitalismo que nunca vem. Enquanto tivermos as negociações, entre países, movimentadas pelo Deus Dinheiro, o ser humano rastejará pela lama do oportunismo e do egoísmo e coroará reis com alma de serpente e cara de salvador da Pátria. Salve-se quem puder.

Seria possível ficarmos apenas com as coisas boas dos últimos governos e eliminarmos os corruptos que nos usam para o enriquecimento ilícito deles?

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