O universo é um real
depositário de informações, um registro akáshico, uma biblioteca do
inconsciente coletivo, um livro de nossa vida interior oculta ou partilhada.
Tudo o que fizemos e pensamos deixa seu registro em algum lugar, sendo possível
acessá-los pela arte da constelação familiar. Sendo percepção da eternidade, a
linha do tempo se encarrega de nos conduzir por sendas mais seguras na hora de
crescermos com as interações humanas mais complexas.
Quem já participou sabe
do que estou falando. Mergulhamos no poço profundo do mistério, sem garantias
de resultados, mas retornamos à superfície com olhos abertos e alma lavada,
esperança renovada, espanto e serenidade, com certezas outrora impossíveis de
serem concebidas. Tal mergulho no reino do inconsciente coletivo nos dá plena
consciência de que podemos mudar e evoluir, podemos perdoar e seguir vivendo,
podemos reorganizar o caos de nossas relações sem qualquer prejuízo para nossa
imagem.
Entre uma sutileza e
outra, entre o óbvio e a confusão, entre o finito e o infinito, algo se
manifesta com peso de verdade inquestionável. Algo se revela sem cortinas, sem
manipulações, sem a verborragia das palavras insanas. Entre um conflito e
outro, desce sobre nós os raios de luz do entendimento metafísico sempre que a
conexão se abre. Se o brilho de cada estrela no céu rasga um clarão na noite
escura, os movimentos de cada participante rasgam o céu da ignorância como se
fossem estrelas do firmamento humano. Ali nos ausentamos para que a vida fale
mais alto. Ali nos sintonizamos com a essência do outro. Ali somos todos um
livro aberto da eternidade.
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