Quantas coisas na vida existem primeiro ou nascem lá
fora e só depois passam a ter vida dentro de nós. Nosso interior tem o poder de
tornar vivas as coisas que nasceram soltas ou pessoas. A capacidade de arquivar
memórias é o recurso mais utilizável para eternizar tudo aquilo a que ou a quem
demos importância ou abrimos espaço em nosso coração emocional. Pode ser uma
paisagem, uma interação, um objeto ou uma palavra inesperada. Pode ser um
suspiro, um desejo, um calor ou um devaneio. Pode ser uma essência, um aroma,
um som ou uma substância. Somos nós quem damos vida aos sopros que um dia nos
alcançaram, aleatoriamente sem a intenção de ficarem conosco por mais um tempo.
Somos nós que eternizamos o perene e o vulnerável. Somos nós que nos
eternizamos através de coisas e pessoas e memórias.
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