terça-feira, 23 de setembro de 2014

SOBRE COISAS, PESSOAS E MEMÓRIAS


Quantas coisas na vida existem primeiro ou nascem lá fora e só depois passam a ter vida dentro de nós. Nosso interior tem o poder de tornar vivas as coisas que nasceram soltas ou pessoas. A capacidade de arquivar memórias é o recurso mais utilizável para eternizar tudo aquilo a que ou a quem demos importância ou abrimos espaço em nosso coração emocional. Pode ser uma paisagem, uma interação, um objeto ou uma palavra inesperada. Pode ser um suspiro, um desejo, um calor ou um devaneio. Pode ser uma essência, um aroma, um som ou uma substância. Somos nós quem damos vida aos sopros que um dia nos alcançaram, aleatoriamente sem a intenção de ficarem conosco por mais um tempo. Somos nós que eternizamos o perene e o vulnerável. Somos nós que nos eternizamos através de coisas e pessoas e memórias.


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