Em tudo o que fazemos, desejamos o encontro com a
verdade que nos apoie ou a verdade que não doa muito, pois se doer dela
fugiremos. A verdade quando revelada é para sua libertação e não para servir de
crença ou muleta religiosa e espiritual. A verdade é um feixe luminoso lançado
sobre a escuridão de nossa inconsciência e essa luz se move constantemente para
outros cantos e outros ângulos da realidade.
Quando ela nos revela alguma incongruência ou falta de
coerência é porque estamos fragmentados por alguma crença, estamos partidos em
um conjunto específico de afirmações teóricas que nem sempre são passíveis de
demonstração na hora que desejarmos. A crença nos prende. A verdade nos liberta
para outros olhares desapegados, para outras paisagens interiores, para outros
céus e mares nunca antes navegados.