Todo final ou início de ano nos leva a olhar de perto para
os números e o papel da numerologia em nossas vidas. Basta encontrar a letra
correspondente e dá-se um ou mais significados para cada numeral. Parece que
nunca conseguimos viver sem os números desde que eles foram registrados e
compartilhados.
Há números para tudo, para a sorte e para o azar, para o
início e para o fim, para o absoluto e para a eternidade, para o bem e para o
mal, para capítulos e versículos, para o tudo e para o nada, para síntese e para
análise, para o concreto e para o latente, para a Terra e para o Cosmos, para
as datas e para as medidas, para a unidade e para a ordem, para o amor e para a
dor, para a plenitude e para o caos, para o símbolo e para a totalidade.
A medicina não vive sem eles. O comércio então nem se fala.
O tempo fez deles sua razão de existir. Seus signos personificam o sagrado e o
profano. Eles invadem os parágrafos de nossas escritas ou escrituras. Eles apoiam
hábitos e superstições. Eles aproximam ou afastam os povos, decodificando
segredos ou mistérios quando a comunicação verbal é interrompida. Eles desenham
os detalhes de nossas moradas e forjam os ciclos de seus habitantes. Os números
tentam sempre a definição de tudo o que é imensurável. Os números nos
perseguem.
Seja no unicórnio ou na parceria, na trindade ou na
quadriga, no pentágono ou no sexteto, no septuagenário ou nas oitavas, nas
novenas ou na dezena, os números mostram e escondem a sua cara, infinitamente.
Eternamente. Até que o Absoluto os recolha todos e reinicie a brincadeira de
construir mandalas vivas com a consciência da manifestação.
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