sábado, 29 de dezembro de 2012

COMO 2012 SERÁ LEMBRADO


Sem dúvida nenhuma, o acontecimento brasileiro de maior valor histórico do ano 2012 foi o julgamento do Mensalão, onde nem um calhamaço de provas de empréstimos sem obrigatoriedade de devolução( se não for corrupção, o que seria então para os tolos?) serviu para o partido governista assumir “mea culpa” ou para Lula parar de menosprezar a inteligência de alguns brasileiros, ao insistir em dizer que não viu nada nem sabia de nada. Foi o ano em que o Brasil inteiro conheceu a amante de Lula há 19 anos. Definitivamente, nas terras da Lei de Levar Vantagem em Tudo, o segredo da permanência no poder central é agir como governo assistencialista e dar um nome pomposo a isto, mesmo diante de um Pibinho ridículo, inflação oficial em torno de 6% e de escândalos políticos vergonhosos. Foi o ano em que a população brasileira resolveu imitar o avestruz, enfiando a cabeça na areia.

No mundo globalizado, o acontecimento inesquecível foi o aprofundamento da crise econômica européia, alterando toda a rede econômica internacional. O Brasil teve a pior performance entre os países emergentes. Os Estados Unidos reelegeram Obama, apesar dele não ter dado conta do desemprego americano. Chaves foi reeleito na Venezuela, obrigando todo o funcionalismo público a trabalhar eleitoralmente para ele com risco de perderem seus empregos, apesar do câncer estar tomando conta de seus ossos com a mesma voracidade que ele tem pela permanência no poder. O genocídio continua na Síria pelas mãos sanguinárias do ditador Assad, apoiado pelos interesses comerciais bélicos da Rússia e da China. O Egito derrubou o ditador Mubarack e elegeu a Irmandade Muçulmana, plantando sementes de caos político e guerra civil com sua intolerância religiosa. No ano dos ventos houve muita troca de poder político em todos os lugares do planeta.

A natureza foi marcante com as explosões solares, intensificando o calor em todas as regiões do globo. As ciências médicas não encontraram cura para nenhuma doença. A tecnologia continua criando celulares mais inteligentes do que as pessoas que os usam. A violência urbana brasileira ceifou a vida de muitos jovens e militares, assustando a sociedade desorganizada e desprotegida pelo Governo Federal. Nada de novo surgiu nas artes, havendo apenas destaque para a novela global Avenida Brasil fazendo apologia dos “barracos temperamentais e gritantes” da população menos culta e mais exigente. O mundo conseguiu ser bastante pior no ano que ora termina.

O ano 2012 também será lembrado como o fim do mundo pelo calendário Maya que não aconteceu para  anossa alegria. O ministro do Supremo Tribunal Federal foi o herói da vez e HOMEM DO ANO por nos devolver a esperança de que as leis servem para punir a todos, até quadrilhas de políticos corruptos que se infiltram nos governos.

Como a vida é passageira, ela foi implacável também com personalidades famosas. Perdemos a simpatia de Hebe Camargo, a voz inigualável de Whitney Houston, o humor de Chico Anysio, a inteligência de Millôr Fernandes, a coragem histórica do astronauta Neil Armstrong e a leveza arquitetônica de Oscar Niemeyer entre outros. Mas a vida continua para nós...por enquanto.

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