A vida continua frágil como o fio da teia de aranha, mesmo
quando a humanidade pensa ser onipotente ao criar leis para controlar os
subordinados, ao visitar outros planetas, ao decodificar o DNA, ao destruir a
natureza para obter dela lucro e benefícios duvidosos.
A vida continua breve como a brisa num dia ensolarado, mesmo
quando a humanidade acredita prender Deus na lâmpada do Gênio, no bóson de
Higgs, nos conceitos dualísticos, sem se dar conta dos mistérios e das leis
imutáveis do universo infinito.
A vida continua Dele, mesmo quando a gente se confunde e se
identifica com uma raça, uma cultura, um corpo, um nome ou com várias
personalidades; mesmo se a gente usufrui do livre arbítrio e da criatividade
para tentar escrever um final feliz para o nosso destino.
A vida continuará sempre a se apagar feito vela, feito
brasa, feito um sonho, feito nuvem, enquanto houver a ilusão de que ela nos
pertence e somos invencíveis diante de todas as outras criaturas e criações. A
vida não é o que nos parece. Ela é mais abstrata do que qualquer construção
mental, do que qualquer respiração, do que qualquer silêncio na imensidão.
2 comentários:
Sabias palavras!
Que possamos ter a vela da vida sempre acesa!
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