quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A VIDA


A vida continua frágil como o fio da teia de aranha, mesmo quando a humanidade pensa ser onipotente ao criar leis para controlar os subordinados, ao visitar outros planetas, ao decodificar o DNA, ao destruir a natureza para obter dela lucro e benefícios duvidosos.

A vida continua breve como a brisa num dia ensolarado, mesmo quando a humanidade acredita prender Deus na lâmpada do Gênio, no bóson de Higgs, nos conceitos dualísticos, sem se dar conta dos mistérios e das leis imutáveis do universo infinito.

A vida continua Dele, mesmo quando a gente se confunde e se identifica com uma raça, uma cultura, um corpo, um nome ou com várias personalidades; mesmo se a gente usufrui do livre arbítrio e da criatividade para tentar escrever um final feliz para o nosso destino.

A vida continuará sempre a se apagar feito vela, feito brasa, feito um sonho, feito nuvem, enquanto houver a ilusão de que ela nos pertence e somos invencíveis diante de todas as outras criaturas e criações. A vida não é o que nos parece. Ela é mais abstrata do que qualquer construção mental, do que qualquer respiração, do que qualquer silêncio na imensidão.

2 comentários:

GENTE QUE PENSA 2012 disse...

Sabias palavras!

Anônimo disse...

Que possamos ter a vela da vida sempre acesa!