Quando um adulto faz algo errado, ele sabe que o fez, mesmo
se estava bêbado ou drogado. Nas horas de lucidez a falta de valores dá os seus
sinais, as escolhas são feitas conscientemente moldadas pelos desejos do ego, a
memória serve de desculpa ou de chacota e a vergonha se lava no próximo banho.
Quando um adulto faz algo de certo, ele sabe que o fez,
embora espere reconhecimento ou elogios em público, já que o ego também mostra
a sua cara e pede confetes num mundo frio e egoísta, onde prevalecem os
interesses pessoais sobre cada evento desencadeado. Em suma, ninguém faz nada
para permanecer no anonimato e todo mundo quer assumir a paternidade das coisas
boas.
Quando um adulto faz o que deve ser feito, ele sabe que o
fez, mesmo contra algumas opiniões pessoais, mesmo com alguma resistência
acompanhada de análises e críticas, mesmo sem a garantia de obter
reconhecimento ou pagamento proporcional. O que importa é a responsabilidade
que pauta as relações saudáveis e a convivência civilizada, pois é diante das
atitudes responsáveis que se pode transparecer ao mundo a verdadeira estatura
humana.
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