Não, não será o fim do mundo desta vez, se é que o mundo
algum dia irá se acabar, haja visto nossa capacidade de datar objetos e
amostras paleontológicas de milhares ou bilhões de anos. Tudo é uma questão de
metodologia em datar o que se considera importante aos olhos do pesquisador.
Há muito tempo atrás, um tempo sem tecnologia mas de muita
imaginação, os povos passavam grande parte de seus dias contemplando os céus e
observando seus fenômenos, registrando as mudanças. Com o acúmulo de
informações, puderam perceber que a natureza é organizada em ciclos
repetitivos. Quando criaram seus calendários, levaram esta percepção dos ciclos
em consideração como se fosse a verdade absoluta das ciências de então. Os
povos Maias seguiram esta lógica nos estudos astronômicos. Quando um calendário
se encerra, outro círculo começa a representar o ciclo total. O ano de 2012 é o
ano de encerramento de um ciclo completo, o que não significa que o mundo vai
acabar nem que outro ciclo seja algo completamente novo.
Após colecionar mais informações astronômicas, tornou-se
necessário representar o tempo de forma linear, durante várias civilizações do
Oriente, com as denominações antes e depois de Cristo para os Ocidentais mais
recentemente. O que não significa que o futuro possa ser previsto com garantias
por profetas e profecias, abrindo margem à hipóteses, suposições, invenções,
manipulações, distorções, erros de cálculos, etc.
Vai chegar o dia em que o tempo será representado de forma
quântica, para conter um número cada vez maior de conhecimento, sem a necessidade
de números ou ciclos. Diante de tamanha expansão de consciência, a
multiplicidade dará as mãos à multidimensionalidade e a percepção será
altamente intuitiva para captar o maior número possível de realidades sem a
obrigatoriedade de acumular ou reter conhecimento. Em todas estas formas, o
tempo continua e continuará um mero referencial dos olhos da criatura que
observa.
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