Os melhores instrumentos para investigarmos fatos e números em busca da verdade, dentro do processo lógico-racional, ainda são o discernimento e o julgamento. A razão pela qual tantos a perseguem, vem da fome insaciável de se descobrirem como Deuses, bem como da incapacidade humana de colocar ordem no caos sem perder a dimensão do amor.
Todas as experiências pelas quais passamos, em nossa existência, manifestam-se como projeções de nossos estados interiores, como abertura de novas possibilidades infinitas, como jornada da alma pulsando entre limitação e eternidade. Toda experiência existe para nos acordar deste sonho ilusório chamado vida, para nos devolver ao silêncio cósmico e para criarmos elementos que nos aproximem intimamente dos mistérios insondáveis.
Se tais experiências forem resumidas à interpretação, elas perderão sua função primordial evolucionária. Elas cairão nas armadilhas do julgamento, exercitando a precipitação de decisões injustas, promovendo a supremacia da negatividade e o choque de interesses, afastando-se vertiginosamente da verdade, ameaçando o final anunciado da jornada da alma. Fora do contexto interpretativo, as experiências servirão para alinharem as dimensões espirituais e impessoais, com tudo o que se manifesta na realidade aparente, gerando uma expansão imensurável da consciência. Fora das interpretações, lança-se um olhar consciente sobre todas as coisas, através do dom do discernimento, agraciado pelo universo, o qual nos permitirá a dissolução das limitações, dissolvendo automaticamente a busca pela verdade dentro dos conceitos incompletos e inconsistentes. É que a verdade só se encontra no silêncio
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