Alguma coisa boa acontece no coração da gente sempre que permitimos. O coração é uma antena para a alegria, para a bondade e para o amor. Basta conectar-se com uma memória positiva ou com a figura de algo celestial e lá estamos nós dentro de um túnel de luz, como se saíssemos do corpo físico, para visitar um reino de contentamento. As vezes narramos alguma estória engraçada, de uma pessoa conhecida, ficando contagiados pela alegria dos outros e vibrando em seguida na mesma energia. As vezes oramos com fervor e a lágrima de alegria corre em nossa face.
Há vários níveis de realização pessoal, iniciando-se com o sorriso, o riso, a gargalhada, a alegria, o contentamento, a felicidade, o êxtase e a felicidade suprema. No começo deste espectro as emoções felizes são provisórias, momentâneas ou de vida curta. No final, elas são mais duradouras e deixam uma marca indelével em nossos corações, transcendendo a mente e libertando a alma das normas e resistências impostas pela sociedade. A espontaneidade abre alas para a inocência infantil que ainda resta dentro de nós.
Para que possamos nos mover de uma extremidade à outra deste espectro, devemos aceitar o conteúdo das interações que se apresentam diante de nós, ignorando os recursos dramáticos que o ego incentiva, ao criar jogos de percepções distorcidas da realidade. Depois, eliminamos qualquer identificação com sub-personalidades negativas que se revezam dentro de nossa psique. Assim, pouco a pouco a mente se limpa dos freios e corre solta pelas ruas da criatividade. O contentamento dá boas vindas à vibrações mais permanentes de felicidade, afastando os motivos para existir. Alguma coisa significante e transformadora acontece no nosso coração quando nos esquecemos da mente.