No sopão que o mundo cozinha para a
Humanidade se alimentar, o tempero vai a gosto do freguês. São vários
ingredientes dentro da mesma receita. Só não come quem não quer, pois tem para
todo mundo. O sopão é o momento presente, embrulhado em papel de presente
chamado tempo. Há quem ria do tempo, há quem chore a sua perda. Há quem pagaria
sua herança para ganhar mais um ano de vida, mas sabe que dinheiro não o
compra. Há quem dele se esqueça, para lembrar quando for tarde demais. Há quem
viva de guardar memórias, outros que desenterram o passado profissionalmente e
outros que tentam trazê-la de volta forçosamente. Mas também existe aquele ser
raro e ansioso que enviou o tempo para o futuro e corre atrás dele até se
cansar. Tantos morrem de fome, enquanto o sopão esfria sozinho na panela do
mundo.
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