Em tempos de Tik Tok, Instagram e
concorrentes, tem um sentimento que virou erva daninha entre as pessoas, o
sentimento de futilidade. Ser fútil equivale a erguer um aspirador de pó na
direção do céu e tentar sugar as nuvens. Nenhum esforço será suficiente;
nenhuma crença que acredite em manifestação ou lei da atração, nenhum
eletrodoméstico mais potente, nenhum bíceps que o segure por mais tempo, serão
suficientes para entregar o resultado desejado. Primeiro porque o desejo não é
mais da pessoa, vem da mídia social, transformando pessoas em personagens.
Segundo porque nem todo mundo vê a nuvem como objeto de consumo, ou seja, nem
todo mundo quer morar numa mansão na California; ou ter um Porsche, mas não ter
companhia para andar de passageiro. Com futilidade nos bolsos e na bolsa Louis
Vutton, toda beleza se torna artificial, toda ação se torna interesseira, toda
palavra se torna um balão de hélio e todo salto alto pode derrubar quem subiu
apenas no orgulho.
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