Tem dias que a mente voa.
Tem dias que ela anda a pé. Tem dias que a mente nem viu a cor do que era
amarelo. Noutros dias alucina sem rodeios. Tem dias que a mente dorme no
rodapé. Tem dias que ela abre a janela pra sair com o vento, ela que só
conheceu tempestades. Tem dias que a mente é parede, manchas na parede, frio na
parede. Noutros dias grita pelo vazio das noites, despudorada. Tem dias que a
mente volta de onde nunca saiu. Volta e meia a mente esquece o quanto mentiu.
Tem dias que a mente para, travada de pensamento. Tem dias que faz poema, tem
noites que faz rebento. Dias confusos, motores sem parafuso, momentos menos
escusos, a mente tem todos eles. Tem dias que a mente não tem onde se encostar,
nem cabelos para pentear, nem estórias para não contar.
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