Se os pais de hoje não estão preparados para educar as crianças de hoje, pois foram criados com a educação de ontem, é melhor pararem de fazer projeção pessoal neles. Cada coisa é cada coisa. Cada pessoa é única, sem o dever de se tornar cópia apagada dos pais.
É melhor retirar o senso de obrigatoriedade onde os pais traçam um caminho calculado para os filhos, sem notarem se os filhos tem auto-estima suficiente para suportar os desafios, vocação para seguir aquele caminho, ou conscientização dos valores humanos necessários para o sucesso da empreitada. Do contrário, um dia seu filho terá depressão ou outro distúrbio mental devido à pressão psicológica, ou chegará o dia em que ele lhe devolverá o diploma, dizendo que agora vai seguir o próprio caminho.
É melhor os pais se educarem primeiro para depois educarem as crianças. Tudo bem que os pais queiram dar o melhor a eles, dar o que eles mesmos nunca tiveram na infância, dar uma boa educação e protegê-los contra os perigos do mundo. Tudo mal que os pais deem proteção exagerada e anulem a força volitiva ou vontade e iniciativa dos filhos, pois eles nunca aprenderão o valor das conquistas e acreditarão que tudo deve ser fácil ou tem algo muito errado com os outros. Tudo mal que os pais queiram ser respeitados mas não respeitem os filhos na sua individualidade, na sua identidade, nas diferenças, nos gostos, nos hábitos e na liberdade que se desponta na frente deles. Tudo muito mal se os pais não preparam os filhos para aceitarem as frustrações e adversidades da vida.
Mostre às crianças que todas elas têm apenas um cérebro, mas cada uma precisa dar o seu melhor e se esforçar se quiser produzir mais. Em vez de criticá-las, dê-lhes ferramentas e recursos de negociação, práticas de capacitação, exercícios de criatividade, brinquedos funcionais. Aprenda a enxergar o seu filho como ele é, e não como você gostaria de moldá-lo para a vida que você enxerga com seus olhos. Ensine ao seu filho que não se joga apenas para ganhar pois nem todo mundo ganha sempre, joga-se para se divertir e socializar. Ensine-os a analisarem os recursos que faltaram para a vitória ou o sucesso, para adquiri-los na próxima tentativa. Vai ser lindo saber que você não criou um robot infeliz, mas sim uma criança iluminada em sua originalidade, pronta para o que der e vier na vida.
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