Nos momentos mais difíceis de nossa vida temos que nos recorrer à nossa fé. Quando tudo está normal, bem, saudável, estável, temos a tendência de nos esquecermos da origem da vida. Temos todo o tempo do mundo para as coisas do corpo e da matéria, mas somente uma hora talvez, por semana, para agradecer tudo o que recebemos.
Quando as coisas começam a desandar e a nos lembrar que não temos controle sobre tudo, aí é que nos sentimos sozinhos, esquecidos ou abandonados por Deus. As dificuldades maiores funcionam como um termômetro ou medida para compreendermos a distância existente entre nós e Ele. Nestes momentos nos damos conta do sentimento de separação que cultivamos inconscientemente a todo instante. Deus lá em cima e nós aqui embaixo. A natureza parece ser algo desconectado de nós como se não fizéssemos parte dela. Nem as pessoas que amamos nem os maiores profissionais podem nos socorrer no momento crucial de encontro com a fatalidade. Surge um desespero que nos deixa a sensação de estarmos perdidos, não só de opções e rumos, mas perdidos de nós mesmos e esta sensação aumenta a percepção de separação.
Tal momento abre a consciência com faca para que caiamos na realidade de que não somos o que temos e nem o que pensamos, não somos diferentes de ninguém na essência, e que a dor de cada um é a dor de todos nós. Mesmo que alguns ainda gastem suas energias, para questionar o que fazer em vez de fazer algo, ainda assim há um espaço para o amor e a compreensão da dimensão da experiência humana aqui na Terra. Tudo é realidade se manifestando, tudo é natureza conversando, tudo é consciência se revelando. O aqui e o agora se agigantam para cutucar os poderosos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário