quarta-feira, 30 de março de 2011

APARÊNCIAS

Aparências são indicações superficiais que desencadeiam pensamentos precipitados e julgamentos infundáveis. A mania de assumirmos que algo seja assim ou assado, de colocarmos palavras na boca das pessoas, de tomarmos decisões importantes antes de ouvirmos o outro lado envolvido, são atitudes comuns de quem evita a profundidade e a análise justa dos fatos. Para agravar ainda mais a situação, há os que pretendem ser o que não são, os que agem às escondidas, os que espalham fofocas ao vento e os que mentem pelo simples gosto de mentir. O mundo das aparências é mesmo pobre de significados.
O mundo das profundezas assusta muita gente. Primeiro pelo fato de não ser tão frequentado, segundo pelo aspecto desconhecido e misterioso que o envolve. Terceiro, pelo fato de ameaçar o conhecido adquirido até então, prestes a ser removido e substituido por algo que vai exigir novos comportamentos. Por ser infindável, o mundo das profundezas exige qualificações pessoais para fluir com as ondas que surgirem, um certo jogo de cintura, um desprendimento ou desapego de opiniões rígidas e uma abertura incomum para o eterno.
O plano espiritual não trabalha com aparências. Ele só existe dentro do oceano da profundidade, a qual não pode e nem deve ser somente interpretada, mas deve ser experienciada e percebida com olhos imaculados e neutros para trocar ensinamentos mais elevados. A profundidade se alcança sem palavras, sem muito lero-lero, sem resistência fútil, apenas pela contemplação pois é no vazio que se gesta a vida.

terça-feira, 29 de março de 2011

FICÇÃO E CONSCIÊNCIA

Quem já assistiu o seriado de televisão “Jornada nas Estrelas” tem uma idéia bastante próxima do que poderia estar acontecendo ao redor de nossa galáxia, em 2011 e 2012, segundo os sensitivos  que canalizam mensagens de outras dimensões. Com o alinhamento dos planetas e as mudanças de eixo da Terra, fala-se que o terceiro olho de milhões de pessoas irá se abrir e perceber que não estamos sozinhos no universo e que Seres extra-terrestres há muito tempo tem nos ajudado. Não se trata de seres de olhos arregalados, anões esverdeados, como no imaginário coletivo, mas sim Seres que entram dentro de nossos corpos e convivem pacificamente em simbiose com nossa consciência.
Ficção ou não, dá um prazer imenso viajar nestas possibilidades criativas e imaginárias. Imagine uma nave-mãe pousando em cima do Templo da Oneness e despejando orbes e bolas douradas sobre seus frequentadores. Imagine um Ser muito elevado em consciência co-habitando os corpos de AmmaBhagavan e nos ensinando o próximo passo de evolução. Imagine milhares de seres iluminados retornando à Terra, agora, para nos revelar que somos eternos e multidimensionais. Imagine o universo repartido em doze esferas celestiais, como os ponteiros de um relógio da eternidade, e que agora é a hora dele se posicionar sobre a Terra trazendo consigo o milagre de se viver no momento presente com toda a felicidade suprema que se possa absorver. Imagine Elias retornando à Terra em sua carruagem espacial de fogo, soprando línguas incandescentes de sabedoria sobre todas as pessoas. Imagine a Lua sendo a mansão dos mortos, onde nossos antepassados se reuniram à espera do Grande Momento, prontos a se comunicarem conosco de alguma forma inesperada.
Todos os dias surgem novas formas de preparação para a nova era em que estamos entrando. São orientações e recursos para nos limparmos do passado e da mente usurpadora, abrindo portais de comunicação com outras dimensões existentes. São formas de meditação e interiorização para resgatar a humanidade de sua visão egocêntrica e materialista. Não existe apenas um caminho nem  apenas uma religião, mas um só destino que já bate à nossa porta. O destino da unidade e do amor incondicional.

segunda-feira, 28 de março de 2011

EFEITO TRIVEDI

Ontem, 27 de Março de 2011, fui à Nova York para receber uma bênção do senhor Mahendra Trivedi, muito conhecido mundialmente como Guruji, na inauguração de seu centro em Manhattan. Para quem ainda não o conhece, Trivedi é mais um trabalhador incansável da Luz Divina, dotado de um presente inigualável de “fazer consciência” com as próprias mãos.
Recentemente ele permaneceu por sete dias numa sala escura, em jejum, em estado alterado de consciência, somente para se preparar para o evento de ontem. Saiu de lá com óculos escuros, pois permanecerá sensível à luz por alguns dias, num estado muito semelhante ao que fica um Cosmic Being de Bhagavan. Ele é uma usina de energia divina e sua missão visa unificar a espiritualidade com a ciência. Há vários anos eles vem modificando o DNA de plantas e sementes em mais de 3000 experimentos científicos de laboratório, apenas com o poder de suas bênçãos, bem como transformando células cancerosas em não-cancerosas.
Chamarei para sempre o dia de ontem como “o dia em que me encontrei com meu Antaryamin”. Se com AmmaBhagavan experimentei anteriormente o florescimento do coração, ontem experimentei a força e a presença esplendorosa do meu Higher Self, algo que tinha sido teoria até então. Ele mora atrás da glândula Timo e também é mencionado por muitos como a Consciência Chrística. Logo após o recebimento da bênção dele, fui conduzido ao quarto do silêncio e lá fiquei por quinze minutos. De repente, algo começou a se mexer no centro de meu peito, dando-me uma sensação de lavação, de limpeza com luz em vez de água. O peito mudou de tamanho e de dimensão, até perder as fronteiras físicas e ser substituido por uma Presença Divina. De dentro desta luz brotou a existência de um Ser que se comunicava claramente comigo, como se o coração tivesse sido conectado diretamente com a mente. Este Ser era eu mesmo e sua respiração era a clareza das idéias. Parecia uma nova amizade, mas uma amizade única de apoio incondicional, uma nova relação de consulta constante, onde não mais é necessária a presença de Guias, Mestres, Gurus, ensinamentos. Ele responde enquanto a pergunta é formulada. Ele não precisa de palavras e as respostas se revelam à sua frente sem forma, mas com essência e peso. Ele é o amigo que todo mundo gostaria de ter. Não sei quanto tempo esta amizade vai durar, mas posso garantir que por este novo amigo eu daria tudo o que estivesse ao meu alcance.

sábado, 26 de março de 2011

INTEGRIDADE INTERIOR E EXTERIOR

Integridade continua sendo um aspecto muito importante no processo de despertar da consciência, uma vez que somos interconectados e assistimos, a todo o tempo, exemplos de corrupção, inveja, mentiras, egoísmo, resistência, manipulação, arrogância e medos. Não é nada fácil desconstruir a humanidade, mas se tentamos fazê-lo soa como surreal, mesmo com a ajuda da Graça Divina.
Quando falta-nos a integridade interior, brigamos por nossas opiniões perpetuando cada vez mais a sensação de que somos separados uns dos outros, defendemos nossa agenda pessoal calcada num sistema de crenças desatualizado e míope, mentimos para nós mesmos para não ter que encarar aquilo que teimamos em negar e esconder em nosso passado ou em nosso interior, iluminamos o foco das diferenças para impressionar muitas pessoas à nossa volta pois sabemos vergonhosamente que não somos aquilo que pensamos ou gostaríamos de ser. Vivemos de forma melindrosa e nem podemos dizer o que realmente pensamos.
Quando falta-nos a integridade exterior, tornamo-nos cúmplices de uma rede de mentiras, movida pelo egoísmo, desejosos de vencermos à qualquer preço e levarmos vantagem sobre os demais; revelamos ao mundo nossos piores defeitos e deixamos a moral de lado como se fosse algo supérfluo, sem lembrarmo-nos de que todo mundo está vendo claramente o que fizemos. Baixamos nossa guarda em certos aspectos e erguemos uma muralha de defesa em outros, pois espalhamos cizânias ao vento e a poeira atinge nosso próprio olhar, deixando-nos momentaneamente cegos. Vivemos de uma forma competitiva e amealhamos inimigos até nos lugares mais sagrados.
Como pode haver despertar de consciência sem integridade, com ego acentuado, com desamor? Como podemos ser vistos pela Graça Divina se estamos escondidos sob o guarda-chuva da significância ou sob o paraquedas do medo? Como rezamos Senhor-Senhor e vivenciamos apenas o meu-meu-meu? Se houvesse uma fila para sermos despertados pela Graça Divina, com certeza teríamos que retornar ao fim dela cada vez que nos faltasse integridade interior...

sexta-feira, 25 de março de 2011

TRAUMAS

Traumas são memórias, carregadas energeticamente com emoções fortes, as quais são obstáculos tanto para a paz interior quanto para a superação de novos desafios a nivel de relacionamento humano. Eles exigem uma atenção constante, pois foram transformados em mecanismos de defesa para proteger a pessoa contra mais sofrimento. É claro que não funciona desta maneira. Ao ser sempre relembrado e alimentado com mais raiva e tristeza, o trauma torna-se um resentimento, um sentimento que se sente repetidamente fora de contexto.
Traumas também podem ficar dormentes no inconsciente, por terem sido tão graves que anestesiaram a vítima, e um belo dia serem acordados por uma situação nova que crie a possibilidade de repetir tal emoção com a mesma intensidade. Na mente desta pessoa haverá muita confusão. A força dupla que a emoção passa a exercer sobre a pessoa é suficiente para derrubá-la em depressão ou ataques de pânico, em surtos de paranóia ou pensamentos suicidas. Não se brinca nem se ignora a força destruidora de um trauma desperto inesperadamente.
A idéia é neutralizá-los com Dikshas até que as cargas emocionais da memória voltem a ser o que sempre foram em sua natureza, ou seja, apenas memórias. O fato existiu, machucou, desarmonizou a estrutura emocional mas a vida foi retomada. Em caso de trabalho psicoterapêutio, a idéia é trazer para o consciente aquilo que ainda estiver inconsciente, dando ao cliente a oportunidade de enxergar o fato sob outras perspectivas e de prosseguir a sua vida, sem aquela identificação dolorosa com as estórias criadas ao longo do tempo, desta vez com as cores da esperança e da integridade restauradas.

quinta-feira, 24 de março de 2011

TAMANHO DA FÉ

Nos momentos mais difíceis de nossa vida temos que nos recorrer à nossa fé. Quando tudo está normal, bem, saudável, estável, temos a tendência de nos esquecermos da origem da vida. Temos todo o tempo do mundo para as coisas do corpo e da matéria, mas somente uma hora talvez, por semana, para agradecer tudo o que recebemos.
Quando as coisas começam a desandar e a nos lembrar que não temos controle sobre tudo, aí é que nos sentimos sozinhos, esquecidos  ou abandonados por Deus. As dificuldades maiores funcionam como um termômetro ou medida para compreendermos a distância existente entre nós e Ele. Nestes momentos nos damos conta do sentimento de separação que cultivamos inconscientemente a todo instante. Deus lá em cima e nós aqui embaixo. A natureza parece ser algo desconectado de nós como se não fizéssemos parte dela. Nem as pessoas que amamos nem os maiores profissionais podem nos socorrer no momento crucial de encontro com a fatalidade. Surge um desespero que nos deixa a sensação de estarmos perdidos, não só de opções e rumos, mas perdidos de nós mesmos e esta sensação aumenta a percepção de separação.
Tal momento abre a consciência com faca para que caiamos na realidade de que não somos o que temos e nem o que pensamos,  não somos diferentes de ninguém na essência, e que a dor de cada um é a dor de todos nós. Mesmo que alguns ainda gastem suas energias, para questionar o que fazer em vez de fazer algo, ainda assim há um espaço para o amor e a compreensão da dimensão da experiência humana aqui na Terra. Tudo é realidade se manifestando, tudo é natureza conversando, tudo é consciência se revelando. O aqui e o agora se agigantam para cutucar os poderosos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

UM OLHAR DIFERENTE

Se você tivesse se encontrado com um mestre, há dez anos atrás, e ele fosse claro ao lhe explicar que você deve segui-lo mas será atendido somente dez ou doze anos depois, haveria uma grande possibilidade de que sua resposta fosse um sonoro “não, muito obrigado, eu tenho pressa e não tenho tempo a perder”. Sairia feliz garimpando outros mestres, outras técnicas e ensinamentos e continuaria sua busca insaciável pela verdade.
Imagine um cavaleiro elegante numa charrete em movimento. Ele carrega na mão esquerda uma vara de pescar, contendo uma espiga de milho no anzol, que se situa na frente do olhar do cavalo. Isto o faz continuar marchando ou galopando, de acordo com o controle da mão direita do cavaleiro. O cavalo nem perceberia se o cavaleiro saboreia uma champagne e come caviar durante a viagem, entretido pelo milho promissor à sua frente, e assim continuaria marchando por dez ou doze anos. Como cavalos têm a boca grande, parece que estão sempre sorrindo.
Quando um político faz promessas sedutoras ao eleitorado, ele coloca a espiga de milho no anzol e continua sua viagem por quatro ou mais anos, sem ter que dizer a verdade, pois o eleitor se distraiu com o pão nosso de cada dia e com a cerveja antes do jantar. Ele acredita que o milho basta para alimentar as esperanças do eleitor. Quando um mestre faz uma promessa tipo nirvana, ele precisa colocar o milho no anzol para ter certeza de que o discípulo continue sua jornada, sem desistir jamais, pois a longo prazo virá a recompensa, sem ter que dizer a verdade, dando a possibilidade ao estudante de encontrar a própria verdade.
Até que um dia... o cavalo se enerva e empaca!!!

segunda-feira, 21 de março de 2011

OUTRA CONSCIÊNCIA

Quando se desenvolve a consciência, surge um novo relacionamento com o conhecimento e com a forma como ele é manifestado e absorvido. Na verdade, muda-se o relacionamento com todas as coisas existentes, para se abrir à novas facetas da verdade. Não há mais busca e sim alinhamento.
Há muito tempo a humanidade exerce a mania de objetificar o conhecimento sempre que possível. O desejo é objetificado  no corpo para poder ser canalizado e atendido, para possibilitar a conexão continuada com o objeto até que a tensão criada pelo desejo se resolva. Na ciência, todo conhecimento é experimentado repetidamente para criar uma teoria, ou uma idéia teórica é testada repetidamente para transformar um experimento em um serviço ou produto final. Na espiritualidade, um conhecimento é objetificado por imagens, cruzes, milagres, bíblias ou livros sagrados, pontos de peregrinação, como veículos transmissores e mantenedores da sabedoria neles contida.
Com a expansão da consciência descobrimos a verdade de que todo conhecimento é vivo, flexível, maleável, fluídico, onipresente. Todo conhecimento carrega em si um poder sobrenatural que o faz mover-se através das consciências que os detectam ou atraem. Este poder intrínseco não necessita de informações para gerar conhecimento, manifestando-se automáticamente como uma sabedoria que vem do alto. Sendo vivo, não necessita mais de ser objetificado pela pessoa desperta. Virá em forma de inspiração, revelação, símbolos decodificados e coincidências auxiliadoras. Simplesmente virá...

domingo, 20 de março de 2011

CURAR E TRANSFORMAR


Achei incrível o material que está circulando na Net, considerando o momento atual como um trabalho de parto da Mãe Natureza. Toda mãe zela por seus filhos, desde o momento em que ela pressente estar grávida até o fim de suas vidas e depois e depois e depois. Ser mãe é para sempre. A mãe Terra segue os seus instintos para preservar a raça humana, usando o amor exigente, tomando decisões difíceis e consequentes, corrigindo o que precisa ser alterado, mesmo que contra isso os filhos se revoltem. A causa prevalecente é a defesa da vida.

É certo que se o seu filho estiver morrendo afogado numa piscina você vai saltar lá dentro para salvá-lo, não porque ele é seu filho, mas pelo instinto de sobrevivência humana. Em cada célula viva existe esta memória de preservação da vida. Na minha adolescência, três amigos foram nadar e dois morreram afogados, um deles porque seguiu este instinto de sobrevivência sem avaliar a grandeza do perigo, sem equiíbrio ou consciência alerta. O terceiro sobreviveu em crise nos primeiros meses, por não ter feito nada, mas depois decidiu estudar medicina e está salvando vidas até hoje.

Se a mãe Terra está ou não em trabalho de parto, se devemos ou não orar a Deus para fazer alguma coisa,  se estamos confusos, é porque não compreendemos que este mesmo Deus e esta mesma natureza já estão fazendo alguma coisa para corrigir algo, em defesa da garantia da vida como um todo. Se estamos confusos é porque perdemos noção da diferença entre curar e transformar. A cura acontece para interromper um processo, para adiar um aprendizado psicológico, para dar um tempo ao doente de se reorganizar e mais tarde promover as mudanças necessárias em sua vida. Se não houver

aprendizado, as mesmas doenças e outros desafios voltarão. Já a transformação é a mudança colocada em prática, com o aprendizado em mãos, com a intenção de se fazer algo de maneira diferente mas sempre em defesa da vida, não em defesa da própria vontade egoísta ou imatura das pessoas. A mãe Terra não está se curando, ela está transformando a percepção de seus filhos queridos.

sexta-feira, 18 de março de 2011

CONSCIÊNCIA DE TER CONSCIÊNCIA

Quem era jovem na década de sessenta, ou quem  a estudou na escola, sabe que ela foi marcada pela expansão de consciência das pessoas. As estruturas sociais foram balançadas, a cultura se abriu à experimentação de novas possibilidades, a política se renovou, a natureza ganhou mais destaque no cotidiano e as drogas psicodélicas foram popularizadas.
O que não se percebeu naquela época é que consciência tem pulsação, ela tanto expande quanto contrai, ela é como respiração na vida de qualquer pessoa. Hoje, olhando para o passado, podemos concluir que há quatro posicionamentos para a consciência. Há momentos em que a contração da consciência é positiva, tais como na concentração sobre um projeto, onde você deixa de lado muitas coisas e focaliza suas atividades cerebrais na resolução de um problema. Há momentos em que a contração da consciência é negativa, como por exemplo quando o medo toma conta de seu corpo e e de sua mente e você não consegue sair do lugar, pois fica limitado e dominado pelo perigo percebido ou exagerado. Há momentos em que a expansão da consciência é positiva, pois pode elevar a qualidade da existência humana a patamares mais felizes e em comunhão harmoniosa com tudo o que existe. E há momentos em que a expansão da consciência pode tornar-se negativa como fonte de tristeza e de problemas, diante da impossibilidade de corrigir tanta miséria no mundo, tanta violência, tanta ignorância e tantas distorções existentes devido ao egoismo da maioria das pessoas.
Por isso se pode dizer que expansão de consciência não é coisa para todo mundo. Algumas pessoas preferem se concentrar naquilo que elas podem fazer, sem invadirem o espaço interno ou externo dos outros, sem se acharem no direito de querer que todo mundo expanda sua consciência. Da mesma forma, expansão de consciência é sim coisa para todo mundo, pois sendo pulsação ela acontece diariamente entre o dormir e o despertar, entre o sonhar e o fazer, entre a solidão e a descoberta de um novo amor. É a intenção de cada um que vai determinar o rítmo da pulsação e o que fazer com os seus pensamentos. Palmas para a intenção.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O QUERER DE DEUS


Há algumas semanas atrás, na India, quando perguntaram à Bhagavan o que ele espera de cada um de nós, após nos ter dado tantos ensinamentos rumo ao despertar, ele respondeu que apenas deseja a nossa paixão pelo despertar, a nossa vontade, o nosso foco, a nossa intenção pelo desenrolar do processo, a nossa fé na possibilidade real de despertarmos, mesmo que a gente esqueça todos os seus ensinamentos. Faz sentido.

A paixão é o combustível que nos permite continuar na jornada, mesmo que seja por anos a fio, até que a Graça Divina nos encontre frente a frente em algum momento de entrega e autenticidade. Afinal, ser autêntico é pre-requisito fundamental para a iluminação. Como o despertar é uma jornada e não um destino a alcançar, só a paixão nos mantêm neste caminho, só a paixão conseguirá manter a nossa chama acesa se o despertar for gradual. Quem apenas esperar pelo despertar como um evento único, instantâneo, pode quebrar a cara pois quem espera é a mente. Não precisa fazer nada e nem esperar. Basta se entregar confiante e continuar sua vida normal.

Se fizermos o mesmo, ou seja, se perguntarmos à Deus o que Ele espera de nós após nos ter dado tanto, e se pudéssemos ouvir sua resposta, é muito provável que suas palavras sejam em torno do despertar da consciência para Dele nos aproximarmos mais. Para que isso acontecesse, Ele nos pediria mais atenção no momento presente, onde Ele se encontra, para que nossa experiência de comunhão e unidade não fosse interrompida pelos pensamentos, mas que fosse vivida em intensidade na suspensão do tempo e na eternidade do Ser. Talvez Ele nos pedisse para sermos mestres de nós mesmos, que tivéssemos a coragem de caminhar sozinhos sem nos encostar em outras pessoas ou filosofias, que voltássemos à raiz da raiz da raiz de nós mesmos, ou seja, à origem da vida. Só na origem é que entenderíamos finalmente que fora Dele nada existe.

quarta-feira, 16 de março de 2011

DEPOIS DE BHAKTHI YOGA


Bhakthi Yoga é um processo bem diferente de Mukthi no que diz respeito às transformações internas. Com Dikshas há um preparo do terreno, por assim dizer, onde revolvemos o passado e as suas cargas emocionais, onde aprendemos a olhar para o nosso lado feio sem julgá-lo nem dar nomes à nossas sombras. Há uma confrontação com nossos fantasmas internos, com o lixo que varremos para debaixo do tapete por anos a fio. Mesmo que exista vontade de se tornar desperto, ainda é cedo para aqueles que tem muito trabalho a fazer, um trabalho simples de auto-observação no ninho da cobra, um desafio de abrir mão da importância  e da significância que ainda existem em muitos de nós Doadores.

Bhagavan sabia e nos alertou várias vezes para esta etapa do processo. Em seguida ele nos deu as sementes, ou seja, os doze ensinamentos que repetimos na prática de Mukthi Diksha, com o objetivo de prepararmos a mente para não entrar em parafuso quando for destituída de seu poder central. Tais ensinamentos, quando praticados com intensidade, deixam a mente perdida em desvarios, a ponto de nos enganar que já estamos despertos. Pensamos que depois de tamanha dedicação ao movimento da unidade já merecemos o pedestal, afinal iniciamos tantos Givers, fomos à India tantas vezes, vestimos a camisa de Bhagavan e nos expomos em praça pública. Como todo semeador, precisamos nos lembrar de que nem toda semente germina, algumas caem no chão duro e teimoso, outras caem na roupa do semeador, outras caem sobre pedras resistentes que duvidam de tudo, enquanto não puderem enxergar com os próprios olhos.

Com Bhakthi Yoga, depois de ter sumido o sofrimento, é a vez de sumirem os medos, o que faz uma tremenda diferença no processo do despertar. Sem medos não há projeções, não há competição ou insegurança, não há muito espaço para a mente. À esta altura já existe uma percepção mais aguçada da realidade, a qual aceita tudo com mais facilidade. Há uma prontidão e alerta constante, mas uma alerta relaxada, desvinculada sutilmente do mundo material e das interações conflituantes com tudo o que for diferente de nós. Não há cobranças externas nem apego ao que foi aprendido até então. Há um desaprender com cara de libertação, com gosto de espanto infantil, com cheiro de sabedoria no ar. Fluimos como flui um rio, sem questionar o clima ou os declives do caminho, com a certeza plena de que há um oceano de amor incondicional lá na frente, cheio da mesma essência que sempre nos preencheu e não sabíamos. Não há mais necessidade de olhar para trás. Nem para frente. Apenas Ser o que se é, aonde se está. O rio nada fez para correr mas correu, se deu ao mar. O rio não desejou mudança de tempo pois o tempo cessou de existir. A vida simplesmente acontece, ao redor, acima e embaixo, quando se torna um rio. A natureza tem mesmo grandes lições para o nosso processo.

terça-feira, 15 de março de 2011

DESAFIOS DO DESPERTAR



O despertar da humanidade não é um processo isolado, ele é galático, muito maior do que imaginamos. As transformações virão como ondas, ora nos ventos e furacões, ora nas tempestades solares, ora na terra submersa, ora nos vulcões, ora nas revoltas sociais, ora no medo coletivo do que pode vir a acontecer, alimentado pela negatividade das notícias. O processo tem sua profundidade externa proporcional à grandeza do surgimento de uma nova espécie humana no planeta.

O consciente coletivo vai responder de tal forma, nos próximos meses, que muitos sentirão em suas casas o que estiver acontecendo a milhares e milhares de milhas. Muitas pessoas terão insônias e pesadelos, antecipando o que vai acontecer do outro lado do planeta. A humanidade está se aproximando do momento em que nos moveremos como um cardume de peixes, coletivamente. Só assim nos lembraremos de onde viemos, quem somos, para onde estamos indo, o que fazer com a Terra que nos dá acolhida e foi desrespeitada e ultrajada por tantos séculos em nome do materialismo e do lucro fácil.

Dotados do recurso das Dikshas, podemos fazer algo diferente. Podemos utilizá-la para alterar a vibração coletiva do momento. Não devemos nos igualar à vibração do medo e das incertezas gerada pelos cataclismas e revoluções, pois agora compreendemos melhor a realidade que nos cerca. As situações desafiantes ou caóticas, que ora acontecem e continuarão acontecendo durante os próximos meses, não precisam ser resolvidas apenas de uma maneira. Deus é o criador de infinitas possibilidades. Assim também seremos nós na hora de enviarmos diksha para a família humana, seremos criativos, enviaremos amor e tranquilidade, calma e assertividade, iniciativa e compaixão a quem precisar. Seremos cada um de nós, Doadores de Diksha, um satélite das bênçãos divinas, mas um satélite atuante, sem preguiça, sem deixar para depois, a todo instante  criando intenções de abençoar o planeta. A energia nos foi passada para ser usada. A hora de servir é agora. Mãos à obra. O momento nos convida ao Amor.

segunda-feira, 14 de março de 2011

MEDO DE RITUAIS


Grande parte da população comum morre de medo de rituais, chamando-os de macabros, força do bicho, pecado e coisa e tal. Estas mesmas pessoas ignoram a tradição milenar da existência humana em repetir certas coisas para reforçar outras.

Desde a infância a criança é treinada a cultivar pequenos rituais, para solidificar um comportamento desejado pelos pais. No mundo dos adultos os rituais trocam de nome e se tornam métodos, rotinas, programas, missas, cultos, protocolos, horários, regras, mandamentos, sistemas, leis, pesquisa científica, manual, higiene pessoal, tudo isto visando a repetição de um determinado comportamento, ou uma resposta adequada e aceita por quem os instituiu. Só deixou de ser ritual no nome, mas na essência nada mudou. A mente humana aprende pela repetição, tornando-nos criaturas de hábitos, e os rituais nada mais são do que uma abertura para você receber uma determinada frequência vibratória.

O que muda então? A intenção do que se faz e como se faz. Só o coração de cada pessoa sabe de suas intenções verdadeiras, muitas vezes provocadas pelo medo e  separação inventados pela mente. Se algo se tornou repetitivo é porque a pessoa ainda não aprendeu o que devia ter assimilado através da experiência, ou seja, ainda ficou na forma, na aparência, na demonstração, na teoria, no vazio de intenções de crescimento real e na falta de desapego do ego que quer ver seus desejos atendidos. Até que um dia ela descubra a razão maior de gostarmos tanto de cerimônias ou rituais e as temermos ao mesmo tempo. As cerimônias nos ensinam a entrega total como território para a prática do amor incondicional, mas o ego não deixa. Para ele é arriscado demais se dar.

Quando se evolui, pode-se até repetir tal comportamento ou ritual, mas desta vez não será externo, não se baseará em negociações e barganhas. Virá do coração, mesclado de boas intenções e respeito pelos outros. Virá da conexão com algo maior do que somos. Virá de um território interior de consciência mais elevada. Aí sim a forma já não terá mais força, pois deu lugar à consciência e à comunhão com as leis imutáveis do universo. Aí o amor venceu.


domingo, 13 de março de 2011

A CONSCIÊNCIA DE ATLANTIS

Segundo as obras do famoso filósofo grego Platão, Atlantis existiu sim e foi varrida do mapa em uma noite por um tsunami. Quando assistimos, recentemente, ao poder das ondas e da natureza sobre as construções da engenharia humana, o que fica em nossos pensamentos é o fato de que o homem pode até perder todas as coisas materiais, mas sobreviverá se acreditar em si mesmo.


Atlantis foi um modelo de comunidade social onde predominava o despertar da consciência sobre as limitações da mente. Nesta ilha, todos acreditavam que não estavam sozinhos no universo, nem no plano material nem no plano espiritual, e desta forma seria possível  comunicar com outras criaturas celestes. Eram guardiães de uma sabedoria milenar que os ensinou a materializar tudo o que imaginassem. Só não conseguiram colocar limites na imaginação, correndo riscos de materializarem forças horrendas ou destruidoras criadas pelo medo humano. Até que um dia um tsunami a transformou em lenda.

Quando um terremoto ou tsunami acontece, a terra enterra e desenterra parte da história humana. As pessoas passam com o tempo, mas deixam marcas de sua passagem através de seus escritos, seus feitos, sua arte e suas estórias narrativas, uma vez que viver é como contar uma estória. É difícil conversar sem contar uma estória. E‘difícil ensinar, aprender, negociar,atender, crescer, transformar ou expandir algo, sem contarmos uma estória que sirva de combustível para materializar um sonho. A estória de nossos pais pode ou não ser diferente de nossas estórias, mas quem quiser cruzar o nosso caminho terá que ouví-las, sem sombra de dúvidas.

Qual é a sua estória? Não apenas aquela estória de si que você adotou como se fosse um documento de identidade, mas a estória que sua mente cria em cada momento. Qual é a sua estória que o impede de ser feliz, de fazer diferença na vida das pessoas, de ser iluminado e iluminar tudo ao seu redor? Quem é o contador de suas estórias, o ego ou a mente? Será o contar de estórias nossa forma de acreditarmos na imortalidade além dos corpos? Será este desejo oculto quem quer nos colocar no livro das lendas ?O que sobraria de você, se retirasse de si todas as estórias pessoais? Me conte a sua estória sem estórias...

sábado, 12 de março de 2011

CONSCIÊNCIA POSITIVISTA



A partir do momento em que seus pensamentos são transformados em palavras e em ação, você admite que pensamento tem poder. No entanto, o poder já estava lá antes deles  serem externalizados.

Há quem ignore a força mental e navegue à deriva em suas vidas. Há quem nutra somente negatividade em suas falas e reclame constantemente dos resultados alcançados.  Há quem tenha consciência da qualidade de seus pensamentos, em cada evento experimentado, e use seus recursos mentais para energizar suas ações no alcance de metas pessoais. Só não podemos nos esquecer é de que a verdadeira consciência pode ser desenvolvida e expandida sem o controle da mente, sem a interferência mental, simplesmente pela prática da observação como ferramenta de estímulo à inspiração e à intuição.

Para desenvolver a consciência passa-se primeiro pela observação, depois pela contemplação silenciosa como abertura de portas elevadas de percepção. Esta prática torna-se mais rápida e eficiente para aquelas pessoas que se acostumaram a pensar positivamente e a acreditar no sucesso de suas empreitadas, pessoas que sempre colocaram o foco intenso em pensamentos felizes. Como existe nelas um espaço maior de tranquilidade, a contemplação é sempre mais profunda, a ponto de se misturarem com o objeto contemplado.

A seguir, surge internamente um fluxo amoroso em relação ao que se contempla. O coração passa a ter um pepel importante na área das percepções, livrando-se da necessidade mental de julgar ou definir todas as coisas. Responde-se a tudo com amor, independentemente do que ocorrer, agradando-o ou não. Na ausência de um self egoísta e dominador, surgem raios divinos de lucidez e entendimento pleno. Pessoas e atitudes saem da categoria de bom ou mau e ocupam um espaço de praticidade, sendo simplesmente necessárias ou desnecessárias naquele instante. É assim que se fecunda o desapego.

sexta-feira, 11 de março de 2011

2011 ANO DAS ÁGUAS



Enchentes em Nova Friburgo e Austrália. Rio Aquidauana sobe 10 metros no Mato Grosso do Sul. Tsunami no Japão com possibilidades de chegar à costa da América do Sul. Mais do que qualquer coisa, em 2011 precisamos ativar em nós toda a solidariedade que formos capazes. Movidos pelo desejo de expandirmos nossa consciência, teremos uma enorme oportunidade de socorrermos hoje para sermos socorridos amanhã. Se perdesse todos os bens materiais, como você se sentiria? Como VOCÊ sobreviveria sem eletricidade e computadores ?

É nas catástrofes e acidentes naturais que a maioria da população se sente levada a identificar-se com a dor dos outros, diante do fato de perderem todas as posses materiais, a própria casa e muitas vezes a própria família. Nestas horas a população percebe a fragilidade real da vida humana e animal, compreendendo melhor o vazio de esperança que se instala nos corações amedrontados pelas perdas. Há uma identificação profunda com os momentos de perdas experimentados pela vida afora e com a força interior de perseguir os sonhos ou superar os obstáculos que a vida nos impõe.

As enchentes atuais da Austrália e do Brasil já prenunciam o que vai acontecer mais vezes em 2011 em vários países. As alterações solares e lunares e a mudança dos polos da Terra já anunciados pela mídia, através da detecção pelos radares de aviação e pelos estudos dos Astrólogos sobre o provável erro dos signos em horóscopos, estão aí para nos alertar dos perigos adiante. Ao mudar o eixo da Terra, as águas se moverão com fúria em certos lugares e com suavidade em outros. A água limpa será rara, a água salinizada terá que ser desalinizada para se tornar potável. Muita gente estará desabrigada, precisando de sua ajuda.

2011 será mais uma oportunidade coletiva de despertar a consciência das pessoas para a unidade, para o fato de que somos uma família só, a humanidade, para mudarmos nossa lista de prioridades na hora desafiadora da sobrevivência imprevista. Unidade não se faz sem cuidado com os mais necessitados. Unidade se faz com iniciativa e compaixão. Unidade se faz com serviço ao próximo e com conexões espirituais para despertar em nós a força da superação. Estejamos atentos e disponíveis.

quinta-feira, 10 de março de 2011

CÉUS E INFERNOS



O inferno e o céu são criados dentro do coração humano. Cada um faz de si o que quer, cada um dá o sabor escolhido às suas próprias palavras e atitudes. Só não evolui quem não quer, só não cresce em consciência quem se apega desesperadamente ao ego na tentativa de sustentar as próprias opiniões; só não desperta a consciência quem insiste na separação, pelo julgamento que se veste de primeiras impressões e segundas intenções.

Quem quiser crescer terá que olhar para dentro de si imparcialmente; terá que conviver com a dor e a delícia da própria essência humana se não quiser permanecer na escuridão. O que alimenta a essência divina dentro de cada pessoa é o contato constante com o silêncio interior, pois o barulho da mente nos afasta de Deus cada vez que teimamos em defender uma idéia ou posição em busca de significância. Não existe nada além de Deus, mas se percebemos erroneamente algo mais além de Deus é porque caimos no reino da ilusão, é porque nos afastamos Daquilo que procuramos como Deus e nos esquecemos de que Deus se reflete em cada ser humano, em cada pessoa que julgamos, em cada pessoa que crucificamos, em cada pessoa que nos incomoda ou nos aponta nossas deficiências. Deus , portanto, é essa força vital que nos assopra a alma e nos pede para nos esquecermos do egoismo e de nossas inseguranças, pede-nos para nos entregar à Ele e Nele nos dissolvermos em amor.

Há muitos seguidores e poucos pastores. Essa é a razão maior de não termos tantas pessoas despertas em consciência. Todas as escrituras sagradas revelam algo que as próprias instituições religiosas ocultam, o fato de que Deus mora dentro do coração de todas as pessoas, o fato de que tudo o que experimentamos saiu de nosso coração e a ele retornou com as emoções germinadas pelo ego cego ou pela consciência de quem a tem. A palavra “cEGO” não vê o ego nela, mas permanece na escuridão das próprias idéias e conceitos defendidos. Seguir alguém, dentro deste processo de consciência, passa a significar um abandonar-se de si mesmo, um trocar da verdade divina pela falácia dos homens. Só cresce em consciência quem retorna para dentro de si, para os territórios amorosos do coração onde Deus habita. Coração não é casa de aluguel, é um pedaço da origem de tudo.

quarta-feira, 9 de março de 2011

TEMOS A MESMA ESTÓRIA



Todos dividimos a mesma ladainha, as mesmas reclamações, as mesmas reações diante do desconhecido. Todos compartilhamos a mesma estória da carochinha, correndo do lobo mau ou dançando com os três porquinhos, esperando o príncipe mas dormindo com o sapo. Todos nós sonhamos com o final feliz, como se bastasse a felicidade chegar para tudo se acabar diante de nossos olhos emocionados. A vida é uma narração interminável e repetida da estória do sofrimento humano.

Nem percebemos que a estória que cada pessoa conta é o que a define diante dos outros, a buscar o reforço de uma identidade ou auto-imagem grandiosa, a pretender que se é o que se gostaria de ser, a envolver para obter admiração. Cada estória contada repetidas vezes é como uma oração sem amém, uma música com CD riscado, uma conversa para boi dormir. Todos tem a sua estória na busca do amor perfeito, no sonho de ser amado e reconhecido, na vontade de ser rico para satisfazer todos os desejos. Todos somos contadores de estórias que a vida escreveu em nossa pele.

É por isso que a vida perde o sal, o mistério, o tempero. Tudo é contado em vão. Tudo é reduzido ao pó do chão. Tudo é diminuido pela mão. Falta a fantasia para colorir o cinza da realidade indesejada. Falta a alegria para rir das mazelas. Falta a vírgula, a retiscência, a respiração suspensa no ar até que a imaginação salte de paraquedas. Falta compreendermos que a vida é um raio de energia que rasga o céu do tempo e troveja amores e faz chover graça em tudo o que acontece depois da chuva. Falta a contemplação do agora, mesclado com a intenção de sorrir eternamente. Falta o desapego da mente. Falta diksha nas nossas cabeças cansadas.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O QUE FAZER COM OS ENSINAMENTOS



Durante toda a sua vida você vai aprender e esquecer, aprender e esquecer. Vai ensinar e não praticar, ensinar e não praticar. A mente é assim mesmo, é como uma panela que todo dia recebe um novo alimento para cozinhar. Você não precisa se lembrar do que comeu no ano passado dia 13 de Maio, apenas comer o que cozinhar hoje. Este deve ser o nosso comportamento, com todo ensinamento que nos é dado por alguém instruido naquilo que ainda não fomos.

Muitas pessoas estão se emaranhando nos ensinamentos dados semanalmente, por Bhagavan, como preparação para os Webcasts. A verdadeira intenção de tais ensinamentos não é criar debates calorosos ou polêmicos, nem confrontá-los com outros ensinamentos. Isto é armadilha da mente. Não caia nesta não. A mente vai fazer de tudo para criar separação, ao levar os incautos a se perderem em discussões inflamáveis e intermináveis sobre o que Bhagavan estaria querendo dizer com tais palavras.

A intenção dos ensinamentos semanais é a de confundir a mente, driblar a razão, afirmar o questionável e questionar o dogma, pois o despertar não tem lógica nenhuma, ele simplesmente acontece na ausência da mente. Não é preciso perguntar nada. O despertar só acontece aonde não há perguntas. Portanto, enquanto você estiver empolgado em discussões e opiniões sobre eles, vai estar se distanciando cada vez mais do despertar. Os ensinamentos são sementes para despertar a consciência e sementes não germinam na mão da mente, elas precisam ser lançadas no terreno preparado do silêncio, elas precisam ser esquecidas lá dentro de nosso interior até que chova a graça divina sobre nós. Os ensinamentos nos são dados para contemplação, pois trazem em si a essência da verdade universal.

quinta-feira, 3 de março de 2011

NOVA MANIA DOS INDIANOS



Mais um fenômeno interessante está acontecendo na India. Para ser mais específico, na Universidade Oneness em Chennai. Para quem não sabe, o Templo da Unidade foi criado baseado em conhecimentos de livros sagrados, com a missão de ser o ponto energético central de reverberação do despertar da Humanidade.

De repente, sem seguir nenhuma orientação desta instituição, alguns Indianos começaram a dar várias voltas ao redor das paredes do Templo. Dentro do exoterismo este gesto é considerado sagrado. Muitas pessoas passaram então a experimentar estados elevados de consciência e uma felicidade suprema. Várias pessoas alcançaram pequenos milagres. Parece que a moda vai pegar pois muita gente está viajando de lugares distantes para caminhar ao redor do Templo.

Ao saber do que se passava, a Universidade Oneness enviou um de seus Cosmic Beings, seres conhecidos lá dentro como despertos em altíssima vibração com o Divino, para fazer o mesmo percurso e dar um feedback à Bhagavan. Ele foi à tardinha, quando as pessoas já haviam ido embora. Seu testemunho foi algo bastante interessante. Ele revelou ter ouvido as vozes e os pensamentos de várias pessoas que haviam dado voltas no Templo naquele dia. Como somos todos interconectados, mais do que imaginamos, e como não existe nem passado nem futuro nos planos mais elevados de percepção, este fenômeno foi possível. Impressionante saber como várias religiões seculares afirmavam que tudo o que geramos em nosso pensamento tem vida longa ao ser lançado no universo. A partir de agora devemos ter mais cuidado ou sermos mais seletivos com os nossos pensamentos.

quarta-feira, 2 de março de 2011

EGRÉGORAS



Quando duas ou mais pessoas se reunem com um mesmo foco de observação, contemplação, invocação, motivação, entusiasmo ou oração, cria-se um campo energético chamado egrégora.Tanto as religiões quanto o sistema de marketing sabem disso muito bem.

“A união faz a força”quer dizer exatamente isto. Quando Jesus dizia que estaria no meio de duas ou mais pessoas que o invocassem, ele estava construindo as bases para uma egrégora que duraria mais de dois mil anos. Quando Bhagavan treina 70 mil doadores de diksha para inspirarem-se em seu nome, ele está construindo uma grande egrégora que um dia também poderá se tornar milenar. Quando uma torcida esportiva empurra o seu time para a vitória, forma-se uma egrégora. Quando um partido político ou um governo promove pesquisas de intenção de votos, ele está construindo uma egrégora de manipulação das massas.

Estamos falando do fluxo de energias externas que circundam o corpo e a mente humanas, ou também do inconsciente coletivo. Esta rede ou trama energética influencia as pessoas em suas decisões, estabelecendo novas fontes de interação multidimensional. O inconsciente coletivo se alimenta dos pensamentos criados pelos indivíduos e retorna com força dobrada sobre a população. Por isso se diz que o homem é produto do meio. Quando as energias se chocam neste emaranhado de pensamentos e intenções, elas tendem a se reorganizarem por sincronicidade e semelhança vibracional. Desta forma, cada pessoa se torna responsável pela realidade criada em sua vida, ao emitir pensamentos para alimentar novas ou velhas egrégoras. Aproveitemos esta consciência para elevá-la sempre que possível com nossa modesta, mas importante, contribuição.