Pessoas temem a verdade e
a própria integridade se forem descobertas pelos outros. Fomos educados a nos
proteger, a nos preservar, a nos esconder, a nos mascarar. Hoje as câmeras nos
vigiam, microfones embutidos nos escutam, computadores nos sondam por onde
andamos, satélites nos influenciam lá do alto; só não temos plena consciência
do quanto estamos nus e da real impossibilidade de termos privacidade. Digamos
que, por planejamento divino, dia virá em que uma luz poderosa apontará sua
lanterna cósmica sobre nós; será um Deus nos acuda, sem motivo real. A gente
tem medo da unicidade, pois vivemos por muitos séculos na percepção de
separação. A gente tem medo do amor, acostumados estamos com a violência. A
gente tem medo da justiça divina, pois praticamos injustiça com naturalidade.
Teremos medo de nós.
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