Na ausência do amor, algo
puramente abstrato, a criança sai em busca do amor concreto, o qual será
canalizado pelo corpo físico. Tudo o que for conjugado ao prazer também será
chamado de amor por toda a vida. Pouco a pouco o famoso amor abstrato toma
formas concretas distantes da essência, vira química, vira presentes, vira posses
e bens materiais. Sem perceber, o objeto amante e o objeto amado se distanciam
até se desconectarem, alegando o fim, alegando incompatibilidade de gênios,
alegando ter encontrado conexão melhor com um outro alguém. O ciclo de conexão
e desconexão se fecha, se completa e nos confunde ao máximo. O início de uma
nova conexão reaviva a insegurança, a incerteza, até que fechemos os olhos e
saltemos no escuro das paixões.
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