Ninguém aprende a amar sem
ser amado. Na natureza, o apego antecede ao amor, até que a criança comece a
buscar a própria autonomia e se dá conta de que não pode fazê-lo sozinha. É o
apego em troca da proteção. A interdependência externa, associada aos vínculos
da maternidade e amamentação, as expressões diárias de afeto, a linguagem e as
necessidades corporais atendidas ou não, servirão à criança como o ensino do
amor nos primeiros anos de vida. Dominada a linguagem e obtendo mais autonomia,
a criança passa a compreender o conceito de tempo, algo extremamente difícil de
se adequar, confundindo tempo com amor. Se minha mãe brinca comigo, então ela
me ama. Se acaso o amor se ausenta em expressões concretas de afeto, ele
continua sendo algo abstrato e inalcançável, gerando plena insegurança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário