sexta-feira, 27 de agosto de 2021

JOGOS PARAOLÍMPICOS

 

É fácil perceber como a mente não sabe ser assertiva. Ela adora fazer curvas, conclamar alucinações, racionalizar emoções, criar teorias fantasiosas, adicionar pitadas de distorções para sustentar dramas e para escapar do próprio tédio, além de reciclar o passado para nos vender o futuro. Ela não quer a resposta, quer construir e impor seu ponto de vista com o apoio do ego. Sempre que possível, inserir gotas ou tsunamis de medo, ansiedade, vulnerabilidade, raiva. Se o drama construído for demasiado grande, usará a emocionalidade dos apegos para desaguar em ataques pessoais, tragédia, feminicídio, suicídio, racismo. A alma nunca mata o corpo, é a mente que o faz por não compreender propósitos mais elevados. A alma nunca entra em depressão, é a mente que sustenta e agrava estados existenciais depressivos para impedir a consciência de se desenvolver, pois a teme. Sim, a mente também tem medo. A alma nunca tem a limitação do corpo físico, a mente é que se vale das limitações perceptivas do indivíduo para cultivar impossibilidades. Está aí a existência dos Jogos Paraolímpicos para confirmar o que acontece quando não levamos a mente tão a sério. A mente quer interromper a agonia, a Alma cuida das entradas e saídas energéticas do corpo como o tesoureiro cuida das dívidas e recebimentos. O tesoureiro não é dono do dinheiro, a Alma não é dona da energia, nem a mente. Não é a pessoa um Ser ignorante, é a estrutura da mente coletiva da espécie que o é. Vide mundo ao nosso redor. Diante de tamanha limitação da mente, compreendemos o motivo dela não saber ser assertiva e sair pelo mundo afora dando tiros de insanidade. Diante deste fato consumado, só nos resta começar a abraçar estados de consciência mais realizadores.


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